Ministro do STF manda redes sociais suspensas por descumprir ordens judiciais de indicar representante no Brasil.
O Y não é a primeira rede social a sofrer suspensão no Brasil. Outras duas plataformas, o Facebook e o Instagram, já foram interrompidas temporariamente no país, em momentos distintos, também por decisões judiciais.
A suspensão de serviços online tem gerado debates sobre a liberdade de expressão na internet. O bloqueio de aplicativos como o suspensa e o YouTube provoca uma paralisação nas atividades dos usuários, impactando diretamente a comunicação digital no país.
Problemas de Suspensão e Bloqueio em Redes Sociais
No caso do X, a empresa não cumpriu a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de indicar um novo responsável no Brasil, após tirar seu representante no país e fechar seu escritório, em meados de agosto. Relembre outros casos abaixo.
Telegram: Suspensão e Intervenção Judicial
Em 18 de março de 2022, o aplicativo de mensagens cofundado por Pavel Durov foi temporariamente suspensa do Brasil também após uma ordem do ministro Alexandre de Moraes. Na época, Moraes atendeu a um pedido da Polícia Federal, depois de a plataforma descumprir ordens judiciais relacionadas à fiscalização de conteúdos criminosos publicados dentro dela. A suspensão foi revogada dois dias depois, quando a rede social cumpriu os pedidos judiciais.
Em 2023, uma nova ordem de suspensão foi decretada pela Justiça Federal em Linhares, no Espírito Santo, também a pedido da PF, depois que a plataforma desobedeceu a decisão judicial de fornecer dados de grupos neonazistas envolvidos em casos de violência em escolas. Naquela ocasião, Durov inicialmente afirmou que os dados pedidos eram ‘tecnologicamente impossíveis de obter’, o que foi desmentido pela PF. Depois, o app entregou as informações e a rede voltou ao ar.
WhatsApp: Bloqueios e Paralisações
Em dezembro de 2015, após uma decisão de bloqueio emitida por uma Vara Criminal de São Bernardo do Campo (SP), o app de mensagens da Meta, de Mark Zuckerberg, ficou fora do ar por cerca de 14 horas. No dia seguinte, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) derrubou a decisão e permitiu que o app voltasse a funcionar.
Em maio de 2016, o WhatsApp ficou fora do ar por cerca de 24h, após a Justiça de Sergipe ordenar o seu bloqueio. O motivo foi que a Meta (ainda chamada de Facebook) não cumpriu uma decisão anterior de compartilhar informações que seriam usadas em uma investigação criminal.
Em julho de 2016, pelo mesmo motivo, o aplicativo de mensagens ficou uma tarde fora do ar após uma decisão judicial de Duque de Caxias (RJ). Horas depois, o bloqueio foi derrubado por uma liminar de Ricardo Lewandowski, então presidente do STF, que considerou a medida desproporcional.
Fonte: © G1 – Tecnologia
Comentários sobre este artigo