Estudo recente indica possíveis tratamentos para declínio cognitivo no Alzheimer de início precoce e formas genéticas da doença.
De acordo com uma recente pesquisa, foi constatado que a Alzheimer pode se manifestar precocemente e progredir de forma acelerada em indivíduos com síndrome de Down.
A demência é um termo geralmente utilizado para descrever a perda de funções cognitivas, como memória, raciocínio e habilidades de comunicação. É importante estar ciente dos sintomas tanto do Alzheimer quanto de outras formas de demência para um diagnóstico e tratamento adequados.
Estudo Revela Diferenças no Desenvolvimento da Doença Alzheimer
As descobertas, recentemente divulgadas na Lancet Neurology, destacam a importância do estudo sobre o Alzheimer, especialmente para grupos vulneráveis. O estudo concentrou-se em comparar a evolução do Alzheimer em formas genéticas da doença, como a doença de Alzheimer autossômica dominante e a doença de Alzheimer ligada à síndrome de Down.
A conexão entre a síndrome de Down e o Alzheimer é vital, considerando que pessoas com síndrome de Down produzem mais depósitos de amiloide devido a um cromossomo extra. Esses depósitos de amiloide são conhecidos por desempenhar um papel crucial no desenvolvimento da doença de Alzheimer.
O professor Beau Ances ressaltou a importância dessas descobertas, enfatizando a falta de terapias disponíveis para pessoas com síndrome de Down. Ele salientou a necessidade de desenvolver tratamentos acessíveis a todos, independentemente da condição genética.
O estudo também observou que, devido ao início precoce do Alzheimer nessas populações específicas, é possível distinguir melhor os efeitos da doença de Alzheimer do processo de envelhecimento natural. Isso representa uma oportunidade única para aprofundar a compreensão da patologia da doença.
Novas Perspectivas Sobre o Desenvolvimento do Alzheimer
Além do acúmulo de placas amiloides, os pesquisadores investigaram os emaranhados de tau, outro marcador de risco para o Alzheimer. Por meio de exames de tomografia por emissão de pósitrons, eles analisaram quando os emaranhados de tau surgiram em relação às placas amiloides, identificando as regiões cerebrais afetadas.
Essa abordagem permitiu observar como a progressão do Alzheimer difere nessas formas genéticas específicas da doença. Comparar o desenvolvimento do Alzheimer nessas condições distintas oferece insights valiosos sobre a patogênese da doença e a interação entre os marcadores biológicos.
Essas descobertas destacam a importância de personalizar estratégias de tratamento e cuidados para indivíduos com início precoce Alzheimer, bem como para aqueles afetados por formas genéticas da doença. Aprofundar o conhecimento sobre as particularidades do Alzheimer em diferentes populações é fundamental para avançar no diagnóstico e tratamento dessa condição complexa.
Fonte: © CNN Brasil
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