Bolsa oscilou, dólar e juros subiram refletindo mau humor externo e falas do presidente Lula.Índice acionário acumulou volume de negociações.
Hoje, no cenário econômico nacional, os juros continuam sendo um tema central de discussão. As oscilações nos mercados são fortemente impactadas pelas decisões relacionadas aos juros tanto internamente quanto externamente. Em destaque, as movimentações dos Estados Unidos e suas políticas de juros têm reflexos diretos no panorama financeiro brasileiro.
Além disso, as taxas de juros praticadas no país seguem em constante análise e debate. As recentes declarações do presidente Lula enfatizaram a importância de reavaliar as políticas de juros para estimular o crescimento econômico. A busca por equilíbrio nas taxas de juros torna-se crucial para garantir a estabilidade e o desenvolvimento sustentável da economia brasileira.
Presidentes e os Juros em Destaque
Os recentes acontecimentos resultaram em mais uma expressiva alta do dólar, que subiu 1,20%, encerrando o dia a R$ 5,52, marcando a maior cotação em dois anos e meio. Enquanto isso, o Ibovespa teve uma alta de 0,22%, impulsionado por papéis de exportadoras, incluindo os pesos-pesados Petrobras e Vale. Com 122.641 pontos, o índice acionário acumula alta de 0,44% em junho e uma queda de 8,60% desde o início de 2024. O volume de negociações foi baixo, totalizando R$ 14 bilhões, abaixo da média dos últimos 12 meses, que é de cerca de R$ 17 bilhões diários.
As taxas de juros reagiram com aumento em toda a curva, desde os contratos mais curtos até os mais longos. Lula questionou a necessidade de cortar gastos, contribuindo para a percepção de que o Brasil é gastador. Assim como em empréstimos bancários, as taxas sobem quando há indícios de ‘mau pagador’, refletindo nas taxas de juros.
A Taxa de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 subiu de 10,57% para 10,60 de um dia para o outro. Os prêmios em contratos de curto prazo estão ligados às expectativas dos investidores para a Selic. Já para janeiro de 2033, a taxa escalou de 12,08% para 12,20%, refletindo preocupações com o risco fiscal.
Os investidores aguardam dados de inflação e os juros dos títulos públicos dos EUA também subiram. As falas do Federal Reserve indicam que as taxas devem cair apenas no próximo ano, minando as esperanças de cortes neste semestre. O aumento das taxas nos EUA leva a uma corrida pelo dólar, afetando mercados como o brasileiro.
Os comentários de Lula aumentaram as incertezas sobre o compromisso do país com as contas públicas. As críticas ao Banco Central e ao presidente Roberto Campos Neto influenciaram o mercado, resultando em um ambiente propício para altas de juros e do dólar. Mesmo após um recuo do presidente, o impacto já estava sentido.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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