Milhares em Buenos Aires em grande manifestação em defesa do governo; porta-voz diz que ajustes foram convenientes diante do congelamento do orçamento e inflação.
Hoje, diversas cidades da Argentina estão agitadas com uma importante manifestação em prol das universidades públicas. Em Buenos Aires, a capital do país, milhares de pessoas estão se reunindo para expressar sua preocupação com o congelamento do orçamento destinado às universidades públicas até 2024. A mobilização está sendo vista como um ato crucial para chamar a atenção das autoridades sobre a importância do investimento nessas instituições de ensino.
A presença de integrantes de universidades nacionais de todo o país, federações docentes, sindicalistas e até alunos e professores de algumas instituições particulares destaca a diversidade de apoio à causa das universidades públicas. É fundamental que a sociedade, em geral, reconheça o papel fundamental dessas instituições de ensino públicas no desenvolvimento do país.
Grande Manifestação em Defesa das Universidades Públicas
Em um cenário de incertezas e desafios para as universidades públicas da Argentina, a comunidade acadêmica se mobilizou em uma grande manifestação em defesa dessas instituições de ensino públicas. O protesto foi uma resposta aos recentes cortes no orçamento e aos congelamentos que afetaram significativamente o funcionamento e a qualidade do ensino.
O porta-voz do governo Manuel Adorni, ao anunciar ajustes considerados ‘convenientes’ no orçamento, foi questionado pela falta de manifestações no ano anterior diante de medidas semelhantes. No entanto, a situação atual provocou uma reação enérgica por parte dos defensores da educação pública.
Na segunda-feira (22), o governo federal informou sobre o pagamento de um aumento de 70% nos orçamentos de funcionamento de universidades, além de uma destinação extraordinária de recursos para hospitais universitários. Ainda assim, o vice-reitor da Universidade de Buenos Aires (UBA), Emiliano Yacobitti, destacou que os funcionários das universidades públicas tiveram perdas significativas em seu poder aquisitivo nos últimos meses.
Os cortes orçamentários promovidos pelo governo têm impactado diretamente o ensino e a pesquisa nas universidades, levando a uma redução drástica nos investimentos. Com inflação em alta, os ajustes realizados pelo governo são vistos como insuficientes e prejudiciais para o desenvolvimento educacional no país.
Em 10 de abril, o Conselho Superior da UBA decretou ‘emergência orçamentária’, alertando para os riscos iminentes devido aos cortes de verbas. A redução de 26% no orçamento em termos nominais e de 80% em termos reais para atividades universitárias e de pesquisa tem gerado consequências diretas, como a falta de recursos para manter serviços básicos como energia elétrica.
Os gastos com eletricidade tiveram um aumento exorbitante, chegando a 577% desde o ano passado. Para lidar com a crise, a UBA implementou medidas de economia de energia, como a restrição do uso de ar condicionado, iluminação e elevadores, afetando diretamente o cotidiano acadêmico.
Diante desse cenário desafiador, a comunidade universitária tem se mobilizado para defender a importância das universidades públicas e garantir a qualidade da educação para as futuras gerações. É fundamental que o governo reconsidere suas políticas e priorize o investimento no ensino superior para o desenvolvimento sustentável do país.
Fonte: @ CNN Brasil
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