Documentário no Festival de Cannes resgata entrevistas de 1964, estrela reclama de rótulo de símbolo sexual e inseguranças na Era Dourada de Hollywood.
CANNES – Em uma das entrevistas recuperadas no documentário Elizabeth Taylor: The Lost Tapes, a atriz da Era Dourada de Hollywood perde a paciência com o repórter. Cansada de responder à mesma pergunta, sobre como ela se sentia por ser um símbolo sexual, Elizabeth Taylor grita que nunca almejou ter esse rótulo, deixando claro que é um peso em sua carreira.
Em outro momento marcante, Elizabeth Taylor revela sua verdadeira essência, mostrando que por trás da fama e glamour, existe uma mulher forte e determinada. Nessa entrevista, ela ressalta a importância de ser reconhecida por seu talento e não apenas pela sua beleza, reforçando que, para ela, Nenhum título pode definir sua grandiosidade.
Elizabeth Taylor: Uma Lenda da Era Dourada de Hollywood
”Quero ser julgada como atriz’, desabafa ela. O momento é um dos pontos altos do documentário, que deixa a própria Elizabeth Taylor (1932-2011) contar a sua história, com surpreendente sinceridade. Há um motivo para isso: a base para o filme foi um material descoberto recentemente pela viúva do jornalista Richard Meryman (1926-2015), no sótão de sua casa.
Daí o subtítulo As Fitas Perdidas do longa, que teve première mundial na 77ª edição do Festival de Cannes, na mostra Cannes Classics, dedicada à memória do cinema. O longa-metragem foi estruturado a partir dessas mais de 70 horas de entrevistas gravadas em áudio, em 1964, que até então ainda não tinham sido divulgadas na forma original.
Parte do conteúdo serviu para Meryman escrever (como ghost writer) Elizabeth Taylor by Elizabeth Taylor. Feitas durante a preparação para o livro, lançado em 1965, as entrevistas só puderam vir à tona agora, depois de liberadas pelo espólio que administra o legado da atriz.
Revisitado hoje, o material serve de janela para a intimidade e a vulnerabilidade daquela que se tornou uma lenda de Hollywood. Embora não tragam qualquer revelação bombástica, as fitas contribuem para uma melhor compreensão das dificuldades que Elizabeth enfrentou, em uma época em que a indústria do cinema era muito marcada pelo sexismo.
No documentário, com previsão de lançamento em agosto no canal HBO e na plataforma de streaming Max, é surpreendente perceber as inseguranças de Elizabeth na profissão que escolheu, mesmo que ela já fosse uma das mulheres mais requisitadas do cinema naquela época. Isso acontecia possivelmente por Elizabeth não contar com o mesmo respeito que os colegas do sexo masculino recebiam.
‘Mercadoria que dá dinheiro’ A atriz reclama várias vezes de como a imagem de estrela de cinema a perseguia. Sobretudo por sua beleza exuberante, que impedia que executivos e diretores da indústria a vissem apenas como atriz — o que ela mais queria. Elizabeth odiava ser tratada apenas como ‘um rosto bonito’. Ainda assim, a atriz conseguiu viver personagens memoráveis.
Como a esposa presa a um casamento destrutivo em Quem Tem Medo de Virginia Woolf? (1965). Pelo papel de Martha, que usa as palavras com esmero para agredir o marido, ela levou o segundo Oscar de sua carreira. De 1963, ‘Cleópatra’ foi um marco na carreira de Elizabeth. Pelo papel recebeu US$ 1 milhão, o mais alto cachê pago a uma atriz até então.
O épico fez estardalhaço também por causa do envolvimento amoroso entre Elizabeth e Richard Burton (Reprodução themoviedb.org) A personagem Martha, de ‘Quem tem medo de Virgínia Woolf?’, de 1965, rendeu à atriz o segundo Oscar de sua carreira (Reprodução elizabethtaylor.com) Elizabeth interpretou a prostituta de luxo de ‘Disque Butterfield 8’ por obrigação contratual com a MGM: ‘Eu ainda digo que é uma droga!’ (Reprodução elizabethtaylor.com) Para ilustrar as declarações de Elizabeth, a diretora Nanette Burstein usa fotografias de arquivo, vídeos caseiros, clips de filmes e trechos de
Elizabeth Taylor: Revelações da Atriz em Documentário
Nenhum;Nenhum;”Quero ser julgada como atriz’, desabafa ela. O momento é um dos pontos altos do documentário, que deixa a própria Elizabeth Taylor (1932-2011) contar a sua história, com surpreendente sinceridade. Há um motivo para isso: a base para o filme foi um material descoberto recentemente pela viúva do jornalista Richard Meryman (1926-2015), no sótão de sua casa.
Daí o subtítulo As Fitas Perdidas do longa, que teve première mundial na 77ª edição do Festival de Cannes, na mostra Cannes Classics, dedicada à memória do cinema. O longa-metragem foi estruturado a partir dessas mais de 70 horas de entrevistas gravadas em áudio, em 1964, que até então ainda não tinham sido divulgadas na forma original.
Parte do conteúdo serviu para Meryman escrever (como ghost writer) Elizabeth Taylor by Elizabeth Taylor. Feitas durante a preparação para o livro, lançado em 1965, as entrevistas só puderam vir à tona agora, depois de liberadas pelo espólio que administra o legado da atriz.
Revisitado hoje, o material serve de janela para a intimidade e a vulnerabilidade daquela que se tornou uma lenda de Hollywood. Embora não tragam qualquer revelação bombástica, as fitas contribuem para uma melhor compreensão das dificuldades que Elizabeth enfrentou, em uma época em que a indústria do cinema era muito marcada pelo sexismo.
No documentário, com previsão de lançamento em agosto no canal HBO e na plataforma de streaming Max, é surpreendente perceber as inseguranças de Elizabeth na profissão que escolheu, mesmo que ela já fosse uma das mulheres mais requisitadas do cinema naquela época. Isso acontecia possivelmente por Elizabeth não contar com o mesmo respeito que os colegas do sexo masculino recebiam.
‘Mercadoria que dá dinheiro’ A atriz reclama várias vezes de como a imagem de estrela de cinema a perseguia. Sobretudo por sua beleza exuberante, que impedia que executivos e diretores da indústria a vissem apenas como atriz — o que ela mais queria. Elizabeth odiava ser tratada apenas como ‘um rosto bonito’. Ainda assim, a atriz conseguiu viver personagens memoráveis.
Como a esposa presa a um casamento destrutivo em Quem Tem Medo de Virginia Woolf? (1965). Pelo papel de Martha, que usa as palavras com esmero para agredir o marido, ela levou o segundo Oscar de sua carreira. De 1963, ‘Cleópatra’ foi um marco na carreira de Elizabeth. Pelo papel recebeu US$ 1 milhão, o mais alto cachê pago a uma atriz até então.
O épico fez estardalhaço também por causa do envolvimento amoroso entre Elizabeth e Richard Burton (Reprodução themoviedb.org) A personagem Martha, de ‘Quem tem medo de Virgínia Woolf?’, de 1965, rendeu à atriz o segundo Oscar de sua carreira (Reprodução elizabethtaylor.com) Elizabeth interpretou a prostituta de luxo de ‘Disque Butterfield 8’ por obrigação contratual com a MGM: ‘Eu ainda digo que é uma droga!’ (Reprodução elizabethtaylor.com) Para ilustrar as declarações de Elizabeth, a diretora Nanette Burstein usa fotografias de arquivo, vídeos caseiros, clips de filmes e trechos de
Fonte: @ NEO FEED
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