Autoridade monetária reforça alta correlação da curva de juros do Brasil com a dos EUA; risco de oscilações refletir papel da autoridade.
O representante do setor de fiscalização do Banco Central, Lucas Lima, destacou a importância de manter a estabilidade cambial em países emergentes. Ele ressaltou que a atuação da autoridade monetária é fundamental para garantir a segurança econômica da região.
Em tempos de incertezas econômicas, é fundamental que as instituições financeiras estejam alinhadas com as diretrizes do Banco Central. A atuação conjunta entre as instituições financeiras e a autoridade monetária é essencial para promover um ambiente econômico saudável e seguro.
O papel crucial do Banco Central na economia brasileira
Quando se fala em ‘parcimônia’, está se destacando a importância de não se deixar levar por flutuações de curto prazo. Evento sediado pela Upload Ventures em São Paulo salientou a necessidade de observar com cautela como essas oscilações se refletem no cumprimento do mandato do Banco Central, que visa atingir a meta de inflação. É fundamental manter a calma e evitar reações impulsivas, mesmo diante do risco de ficar um pouco defasado em relação ao processo de ajuste.
Segundo Galípolo, o papel da autoridade monetária não é questionar a meta de inflação, mas sim persegui-la de forma incisiva. O diretor do Banco Central expressou uma posição considerada ‘radical’, defendendo que a autoridade monetária não deveria ter poder de voto na definição da meta no Conselho Monetário Nacional (CMN). Desde que assumiu o cargo no BC, ele observou a oscilação das expectativas do mercado em relação ao cumprimento da meta de inflação.
Para Galípolo, a discussão no Comitê de Política Monetária (Copom) não gira em torno de qual é o nível de correlação da meta, mas sim em assegurar sua perseguição contínua. Ele reforçou a ideia de que a meta deve ser determinada pelos representantes democraticamente eleitos, sem margem para questionamentos.
Em meio às recentes oscilações de ativos e ao fortalecimento do dólar, o Brasil ainda mantém vantagens comparativas e capacidade de atrair investimentos. Enquanto algumas economias que adiantaram o aperto monetário enfrentam desafios, o Brasil se destaca como um polo atrativo para investimentos, com potencial de ganhos de produtividade.
A demanda das famílias tende a se manter resistente, impulsionada por fatores como a redução da inflação, programas de transferência de renda e reajustes salariais. Em um cenário de instabilidade geopolítica global, o Brasil se posiciona de forma privilegiada em relação a outros países, com um mercado robusto, demanda aquecida e um ciclo de política monetária saudável.
Galípolo ressaltou a necessidade de buscar um crescimento mais equilibrado entre oferta e demanda, destacando a importância de focar em investimentos privados nos setores estratégicos para o desenvolvimento sustentável. Sua análise segue após a revisão da meta fiscal para 2025 e os comentários do presidente do BC, Roberto Campos Neto, sobre possíveis ajustes no cenário-base da autoridade monetária diante de incertezas internas e externas.
As ponderações de Galípolo refletem a atenção constante do Banco Central à estabilidade econômica e ao cumprimento de suas metas, evidenciando o papel crucial da autoridade monetária na condução da política econômica do país.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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