Ele se encontrou em Paris com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski, recebendo apoio dos Estados Unidos contra a ofensiva militar russa.
O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, revelou hoje (7) um novo auxílio de US$ 225 milhões à Ucrânia, durante reunião em Paris com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky. ‘Os Estados Unidos estarão sempre ao seu lado’, afirmou Biden, que também expressou publicamente, pela primeira vez, o pedido de desculpas pelo atraso de meses no suporte militar, o que possibilitou à Rússia obter vantagens.
Em um gesto de contribuição significativa, Biden reiterou o compromisso dos EUA em fornecer ajuda contínua à Ucrânia para fortalecer sua segurança e soberania. O presidente americano destacou a importância do apoio internacional em momentos de crise e reafirmou a parceria duradoura entre os dois países.
Ajuda e apoio aos ucranianos
Em declarações na capital francesa, onde os dois presidentes dos Estados se encontram para marcar o 80º aniversário do desembarque na Normandia (o Dia D), Joe Biden expressou seu pedido de desculpas ao povo ucraniano pelas semanas sem decisão sobre um suporte norte-americano. Biden fez referência ao impasse no Congresso dos Estados Unidos que, durante várias semanas, não avançou com a aprovação de um pacote de cerca de US$ 61 bilhões em auxílio militar e econômico à Ucrânia. O presidente dos Estados Unidos, que será o candidato democrata nas futuras eleições presidenciais nos Estados Unidos, afirmou que o povo norte-americano contribui com a Ucrânia a longo prazo. Os Estados Unidos são o principal apoiador militar da Ucrânia, que enfrenta uma nova e intensa ofensiva militar russa há um mês nas áreas orientais do país. O presidente ucraniano agradeceu, por sua vez, a Biden o ‘enorme suporte’ dos Estados Unidos.
A ofensiva militar russa em grande escala na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, está atualmente concentrada nas regiões fronteiriças ucranianas de Kharkiv e Donetsk, mas as autoridades ucranianas afirmam que pode se alastrar à medida que o Exército russo, de maiores dimensões, procura fazer valer a sua vantagem. A nova onda de ataques russos procura explorar a escassez de munições e de tropas ucranianas ao longo dos cerca de mil quilômetros da linha da frente. O ritmo lento da entrega de apoio militar, prometido há muito pelos aliados ocidentais, tem sido motivo de frustração para Zelensky, tal como a hesitação de Biden em fornecer mais equipamento por receio de provocar o presidente russo, Vladimir Putin, o que, como descreve a agência norte-americana AP, tem provocado tensões nas relações entre Kiev e Washington.
A nova ajuda de US$ 225 milhões inclui, segundo as autoridades norte-americanas, munições para o Sistema de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade (HIMAR, na sigla em inglês), sistemas de morteiros e uma série de munições de artilharia. Alguns aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), incluindo os EUA, admitiram, na semana passada, a utilização por parte da Ucrânia do armamento ocidental fornecido em ataques limitados em solo russo. A posição é criticada pelo Kremlin (presidência), que advertiu que o maior conflito na Europa desde a Segunda Guerra Mundial poderia ficar fora de controle.
Biden e Zelensky participaram, nessa quinta-feira, das cerimônias dos 80 anos do Dia D na Normandia, no norte de França, juntamente com outros líderes europeus que apoiam os esforços de Kiev na guerra. Em discurso na cerimônia, Biden prometeu que não haverá afastamento da Ucrânia, traçando um paralelismo entre a luta para libertar a Europa do domínio nazista e a atual guerra contra a agressão russa. A Ucrânia caracteriza a sua luta contra a Rússia como um confronto entre a liberdade democrática ocidental e a tirania russa, enquanto a Rússia garante que está se defendendo de uma ameaçadora expansão da aliança militar da Otan para o leste.
Fonte: @ Agencia Brasil
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