Ministério da Saúde pesquisa nova vacina contra tuberculose para combater doença que mata mais de 5 mil brasileiros anualmente.
Como parte das atividades da 77ª Assembleia Mundial da Saúde, o Brasil foi destaque em uma discussão sobre a erradicação da tuberculose no território nacional e global. O segundo encontro do Conselho para Aceleração da Vacina contra a tuberculose ocorreu nesta terça-feira (28), nas dependências da OMS, em Genebra, Suíça.
Na reunião, foram abordadas estratégias para combater a doença pulmonar causada pela infecção bacteriana do bacilo de Koch. A importância da cooperação internacional e investimentos em pesquisa foram ressaltadas para conter a propagação da tuberculose e garantir a saúde da população mundial.
Programa de Imunizações e a Luta contra a Tuberculose
Segundo Agnes Soares, representante do Ministério da Saúde na área de vigilância em saúde e ambiente, o Brasil tem um programa de imunizações sólido, reconhecido mundialmente e capaz de contribuir de forma significativa para o desenvolvimento da vacina contra a tuberculose. Em 2023, o Sistema Único de Saúde (SUS) observou um aumento em 13 das 16 principais vacinas do calendário infantil, em comparação com 2022. O Ministério da Saúde tem se esforçado para manter altas as coberturas vacinais para todas as doenças imunopreveníveis.
Recentemente, a BCG, que protege contra as formas graves da tuberculose, também registrou um aumento significativo, uma estratégia crucial para prevenir a doença em crianças menores de 5 anos, conforme declarou Agnes. No entanto, a representante ponderou que isso não é suficiente. A pandemia de Covid-19, segundo ela, destacou a importância crítica do financiamento de vacinas.
Agnes enfatizou que as vacinas são essenciais para evitar a propagação da tuberculose entre diferentes grupos populacionais. Ela explicou que a tuberculose ainda é responsável pela morte de mais de 5 mil brasileiros anualmente, muitos deles pertencentes a grupos em situação de vulnerabilidade social, como pessoas vivendo com HIV/aids, privadas de liberdade, em situação de rua ou indígenas.
O Brasil é o único país das Américas e do Hemisfério Ocidental listado entre os 30 países da OMS com alta incidência de tuberculose e coinfecção da doença em razão do HIV. Em mais uma ação pela busca da eliminação da doença, o Brasil foi pioneiro ao lançar uma política governamental para eliminar ou reduzir, como problemas de saúde pública, 14 doenças e infecções que afetam, de forma mais intensa, as populações em situação de maior vulnerabilidade social, sendo a tuberculose uma delas.
Agnes comunicou ao Conselho para Aceleração de Vacina contra a Tuberculose que o Brasil irá promover intercâmbio científico, disseminação de conhecimento e colaboração interdisciplinar para acelerar o progresso em direção à eliminação da doença no país e no mundo. Ela ressaltou que a comunidade brasileira de pesquisa em tuberculose oferece um ambiente fértil para descobertas científicas. Por exemplo, instituições financiadas pelo setor público, como a Fiocruz e o Butantan, têm engajado ativamente parceiros adicionais nos últimos anos.
Nosso investimento em pesquisa e inovação aumentou consideravelmente desde a administração do presidente Lula e esperamos alcançar resultados significativos para beneficiar o povo brasileiro e além. Em 2024, o governo brasileiro também está sob candidatura para sediar o 7º Fórum Global sobre Vacinas contra a Tuberculose, a ser realizado no Rio de Janeiro.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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