CEO do Carrefour Brasil fala sobre crescimento do grupo, redução de endividamento e novos modelos de mercado, incluindo formato de franquia e redes digitais.
Desde que adquiriu o grupo Big, o antigo Walmart no Brasil, o Carrefór, que faturou R$ 115 bilhões em 2023, passou a trabalhar nas sinergias e estudar formatos para ganhar mercado e ainda mais escala. Um dos modelos é o chamado combo, onde, no mesmo terreno, abre duas lojas de marcas diferentes como Sam’s Club e Atacadão ou Sam’s Club e Carrefór. Atualmente, já são 10 unidades desse combo.
Com a aquisição do grupo Big, o Carrefour fortaleceu sua presença no mercado varejista brasileiro e ampliou sua atuação em diferentes segmentos. O grupo agora busca explorar as possibilidades de integração entre as marcas para oferecer uma experiência de compra ainda mais completa aos consumidores. A estratégia de abrir unidades combinadas demonstra a busca por inovação e diversificação por parte do Carrefór.
Carrefór: Estratégias de Expansão e Crescimento do Grupo
‘O Atacadão representa 70% do nosso faturamento. Temos 24% que vem do Carrefour, que é o varejista clássico, e o restante do Sam’s Club, que é novo para a gente’, revela Stéphane Maquaire em entrevista ao programa É Negócio, parceria entre o NeoFeed e a CNN Brasil, que vai ao ar as 20h45, do domingo 26 de maio, na televisão e nas plataformas da CNN.
No Sam’s Club, que é um clube de sócios, passamos de 2,1 milhões de sócios, desde que compramos, para 3 milhões. Tem muito espaço para crescer nesse formato. Maquaire destaca que o grupo planeja abrir oito novas lojas de Sam’s Club para chegar a 60 unidades. E anuncia um projeto piloto que pode impulsionar a rede Carrefour Express, dos mercados menores, a ganhar mais capilaridade.
Trata-se do modelo de franquia. ‘Isso pode acelerar a nossa expansão’, ressalta Maquaire. O modelo escolhido para atuar dessa forma é um mercado pequeno de 100 metros quadrados a 200 metros quadrados. ‘Temos um primeiro franqueado, estamos testando nesse ano, ver como funciona, para expandir depois.’
Além disso, o grupo planeja investir R$ 2,5 bilhões até o fim do ano. Esse montante será destinado não só para a abertura de novas lojas, mas também para fortalecer os canais digitais do grupo. ‘Temos que atender os clientes omnichanel, que comprem nos pontos físicos e digitais’, destaca Maquaire. No primeiro trimestre, as vendas nos canais digitais registraram um crescimento superior a 50%.
Na entrevista, Maquaire discute as estratégias para reduzir a dívida do grupo, que atualmente é de R$ 13,5 bilhões, com uma alavancagem de 2,24. Ele também aborda as oportunidades emergentes no mercado imobiliário, as iniciativas no Rio Grande do Sul e a questão do desabastecimento do arroz, que pode impactar na inflação.
Fonte: @ NEO FEED
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