Estudo na Nature contesta origem do campo magnético do Sol no interior, afirmando que vem das manchas solares e tempestades solares.
O Sol apresenta um campo magnético solar poderoso, responsável por originar as manchas solares visíveis em sua superfície. Essas manchas solares são resultado da atividade desse campo magnético solar, que também desencadeia tempestades solares impressionantes, como aquela que iluminou o céu com belas auroras recentemente. A compreensão da geração desse campo magnético solar dentro do Sol é um enigma fascinante que desafia os astrônomos ao longo dos séculos, desde as observações iniciais de manchas solares feitas por Galileu Galilei no início dos anos 1600.
A interação dos campos magnéticos no interior do Sol é um fenômeno complexo que influencia diretamente a formação das manchas solares e a ocorrência de tempestades solares. A evolução desses campos magnéticos ao longo do tempo é essencial para compreendermos melhor o comportamento do campo magnético solar e suas consequências para o nosso planeta. A pesquisa contínua nessa área promete revelar mais segredos sobre a natureza e a influência do campo magnético solar em nosso sistema solar.
Novas Descobertas sobre o Campo Magnético Solar
Um recente estudo revelou que as explosões estelares podem ser até 10 mil vezes mais potentes do que as tempestades solares. Essas descobertas surpreendentes vêm reacendendo o interesse em compreender o complexo campo magnético solar e seus efeitos no espaço.
Os pesquisadores por trás dessa pesquisa interdisciplinar apresentaram uma teoria inovadora em um relatório publicado recentemente. Ao contrário das teorias anteriores que sugeriam que o campo magnético do Sol tinha origem no núcleo do astro, eles propuseram uma nova abordagem. Segundo eles, a fonte desse campo magnético está muito mais próxima da superfície solar do que se pensava anteriormente.
Essa nova perspectiva pode revolucionar nossa compreensão do ciclo solar de 11 anos e aprimorar a previsão do tempo espacial. Afinal, as tempestades solares podem interferir nas comunicações via satélite e GPS, além de proporcionar espetáculos magníficos, como as auroras boreais, para os observadores noturnos.
As manchas solares desempenham um papel crucial na monitorização da atividade solar. Elas servem como pontos de referência para as erupções solares e eventos de ejeção que lançam luz, material solar e energia no espaço. É aquela atividade frenética nessas manchas que nos dá uma visão mais clara do comportamento do campo magnético solar.
Daniel Lecoanet, professor assistente de ciências de engenharia e matemática aplicada na McCormick School of Engineering da Northwestern University e membro do Center for Interdisciplinary Exploration and Research in Astrophysics, compartilhou: ‘Este trabalho propõe uma nova hipótese sobre como o campo magnético do Sol é gerado, que se ajusta melhor às observações solares e, esperamos, poderia ser usada para fazer previsões mais precisas da atividade solar.’
Ele acrescentou: ‘Queremos prever se o próximo ciclo solar será particularmente forte ou talvez mais fraco do que o normal. Os modelos anteriores, assumindo que o campo magnético solar é gerado no interior do Sol, não foram capazes de fazer previsões precisas ou determinar se o próximo ciclo solar será forte ou fraco.’
Essas descobertas abrem novas perspectivas para a pesquisa do campo magnético solar e seu impacto em nosso sistema solar. Ficamos ansiosos para ver como essa nova teoria influenciará nossa compreensão do Sol e suas atividades magnéticas no futuro.
Fonte: © CNN Brasil
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