A deputada federal Simone Marquetto (MDB-SP) é a principal cotada para liderar a equipe multidisciplinar na proposta de trabalho preventiva.
Via @estadao | A parlamentar federal Simone Marquetto (MDB-SP) é a favorita, nos corredores da Câmara, para assumir a relatoria do projeto de lei que equipara aborto a homicídio.
A discussão sobre a criminalização da interrupção da gravidez tem gerado debates acalorados entre os parlamentares, com opiniões divergentes sobre o tema. A deputada Marquetto, conhecida por sua postura firme em questões polêmicas, pode trazer novos insights para essa importante discussão.
Deputada se posiciona contra punição em casos de interrupção de gravidez por estupro
Simone Marquetto, em entrevista à Coluna do Estadão, expressou sua oposição à punição de mulheres que optam pela interrupção de uma gravidez resultante de estupro, um dos pontos mais controversos da proposta apresentada pela bancada evangélica. A deputada, que ainda não recebeu oficialmente o convite para a relatoria, destacou sua posição de centro-direita, católica e contrária ao aborto, porém com uma abordagem moderada.
A parlamentar ressaltou a necessidade de uma abordagem mais abrangente, afirmando: ‘Não é apenas uma questão de incentivar uma jovem com 22 semanas de gestação a prosseguir com a gravidez. Precisamos ter uma equipe multidisciplinar à disposição para apoiá-la. Mas será que temos unidades de terapia intensiva suficientes para isso? Além disso, é fundamental realizar um trabalho de informação e prevenção em relação às gravidezes indesejadas.’
Projeto antiaborto enfrenta adiamento e rejeição
A proposta da bancada evangélica de equiparar o aborto ao homicídio, em resposta a uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, foi adiada devido à forte reação da sociedade civil. A resolução do Conselho Federal de Medicina, que proibia a assistolia fetal em casos de aborto legal, foi suspensa pelo magistrado, desencadeando a mobilização dos parlamentares.
Embora o regime de urgência tenha sido simbolicamente aprovado para o projeto, a pressão popular, especialmente contra a disposição que previa penas mais severas para mulheres que interrompessem a gravidez do que para os estupradores, levou até mesmo o Centrão a se distanciar da proposta. O presidente da Câmara, Arthur Lira, anunciou a criação de uma comissão especial para debater o tema, indicando que a votação deve ocorrer após as eleições municipais.
*A deputada Simone Marquetto (MDB-SP) Foto: Ester Cruz/Câmara dos Deputados
Por Augusto Tenório
Fonte: @estadao
Fonte: © Direto News
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