Fonte de magma alimenta vulcões na Península Reykjanes, causando série de erupções e atividade prolongada, afetando o spa geotérmico Blue Lagoon e gerando crise em viagens internacionais.
Depois de 800 anos de tranquilidade, a atividade vulcânica retornou na Península de Reykjanes, situada a aproximadamente 56 quilômetros ao sul da capital da Islândia, Reykjavik. Desde 2021, uma sequência de atividades vulcânicas tem causado tumulto na região densamente povoada, resultando em evacuações, interrupções no fornecimento de energia e prejuízos à infraestrutura.
As erupções vulcânicas na Península de Reykjanes têm despertado a atenção internacional para a imprevisibilidade da natureza e a importância da monitorização contínua da atividade vulcânica. A população local e as autoridades têm trabalhado incansavelmente para lidar com as consequências das erupções vulcânicas, buscando formas de proteger vidas e propriedades diante do poder da natureza.
Atividade Vulcânica na Península Reykjanes
As erupções vulcânicas na Península Reykjanes estão despertando temores semelhantes aos causados pela erupção do Eyjafjallajökull, um vulcão localizado a aproximadamente 80,5 quilômetros a sudoeste. Esta atividade vulcânica causou uma crise nas viagens internacionais em abril de 2010. Os pesquisadores agora alertam que novas evidências científicas indicam que as erupções na região podem persistir por anos, ou até mesmo décadas.
A atividade vulcânica prolongada na Península Reykjanes pode resultar em mais interrupções e até mesmo forçar a evacuação de longo prazo de Grindavík, uma cidade pesqueira com mais de 3.000 residentes. Grindavík é também a porta de entrada para o famoso spa geotérmico Blue Lagoon, a principal atração turística da Islândia.
Valentin Troll, professor de Ciências da Terra da Universidade de Uppsala, expressou preocupação com a situação, afirmando que talvez seja necessário considerar abandonar Grindavík. Ele ressaltou que embora a cidade possa continuar como um porto de pesca, a permanência das pessoas lá, diante da possibilidade de uma atividade vulcânica iminente, pode não ser aconselhável.
Os estudos recentes indicam que as erupções na região provavelmente continuarão nos próximos anos. Os pesquisadores adotaram uma abordagem inovadora ao unir diferentes ramos da ciência para compreender a fonte subterrânea de magma que alimenta a atividade vulcânica na Península Reykjanes.
Hugh Tuffen, especialista em vulcanologia da Universidade de Lancaster, destacou a importância da pesquisa, afirmando que ela fornece uma base sólida para prever a frequência das erupções futuras na região. Ele ressaltou a presença de um reservatório de magma sob o vulcão Fagradalsfjall, que pode alimentar erupções em diferentes partes da Península Reykjanes, dependendo das mudanças nas tensões da crosta.
Impacto das Erupções Vulcânicas na Islândia
A Islândia, com sua população de quase 400.000 habitantes e mais de 30 vulcões ativos, enfrenta uma nova era de atividade vulcânica. A localização do país em uma fronteira entre placas tectônicas contribui para o grande número de vulcões em erupção ou demonstrando sinais de instabilidade.
Os vulcões da Islândia se tornaram atrações turísticas devido à sua paisagem única e deslumbrante. A recente série de erupções e a crise nas viagens internacionais causada por atividades vulcânicas na Península Reykjanes destacam a necessidade de monitoramento contínuo e preparação para lidar com os impactos desses eventos naturais.
Fonte: © CNN Brasil
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