Fóssil de Psittacosaurus juvenil na China revela novas informações sobre zonas na pele e penas em dinossauros, pesquisador em pós-doutorado.
Uma nova descoberta no mundo dos dinossauros foi feita recentemente: um fóssil do Psittacosaurus, um herbívoro do período Cretáceo, revelou detalhes surpreendentes sob luz ultravioleta. Além de seu tamanho semelhante ao de um cachorro e seu bico parecido com o de um papagaio, o fóssil apresentava extensas áreas de pele preservada, mostrando sua estrutura celular de forma inédita.
Os cientistas ficaram impressionados com a qualidade da pele fossilizada do Psittacosaurus, que forneceu insights valiosos sobre a evolução dos tecidos moles em dinossauros. As escamas preservadas revelaram detalhes fascinantes sobre a vida desses animais antigos, expandindo nosso conhecimento sobre sua aparência e comportamento. dinossauros
Novas descobertas sobre o desenvolvimento de pele em dinossauros
Um fóssil recentemente descoberto revelou novas informações sobre o desenvolvimento zonado na pele desses antigos animais. O Psittacosaurus, juntamente com outros dinossauros emplumados, apresentava uma pele fossilizada única, com características surpreendentes. O pesquisador em pós-doutorado em paleontologia, Zixiao Yang, liderou o estudo que trouxe à tona essas descobertas fascinantes.
Ao examinar o fóssil, inicialmente não havia muita esperança de encontrar tecidos moles. No entanto, a persistência da equipe valeu a pena. Durante a fossilização, os tecidos moles foram substituídos por minerais, resultando em uma pele fossilizada excepcionalmente preservada. Áreas do corpo sem penas exibiam uma pele escamosa, semelhante a répteis, enquanto as regiões com penas revelavam uma pele macia, assemelhando-se à de pássaros.
Quando a luz UV foi aplicada ao fóssil, revelou-se um espetáculo impressionante. Grandes áreas de pele escamosa brilhavam em tons amarelo-dourados, destacando a beleza e complexidade da pele fossilizada. Yang descreveu a pele como sendo coberta por escamas pequenas e arredondadas, proporcionando uma visão única da anatomia desses antigos seres.
Fósseis de tecidos moles são raros, e fósseis de pele com essa qualidade são ainda mais escassos. O fóssil, datado de aproximadamente 130 milhões de anos atrás, pertence a um Psittacosaurus juvenil, do nordeste da China. Com cerca de 66 cm de comprimento e aproximadamente 3 anos de idade quando morreu, o fóssil foi doado à Universidade de Nanjing em 2021, enriquecendo seu acervo paleontológico.
Psittacosaurus, um dinossauro sem chifres, desempenhou um papel crucial na evolução dos ceratopsianos. Seu nome, que significa ‘lagarto papagaio’, reflete seu bico distintivo adaptado para se alimentar de plantas. Embora muitos dinossauros fossem emplumados, Psittacosaurus possuía penas simples no topo de sua cauda, enquanto o restante do corpo era coberto por pele escamosa.
A descoberta desse fóssil fornece novas perspectivas sobre a evolução das penas. A presença de uma pele moderna, semelhante à de pássaros, localizada apenas em certas áreas do corpo, destaca a importância da pele resistente, semelhante a répteis, em regiões não protegidas por penas. Maria McNamara, coautora do estudo e professora de paleontologia, ressalta a relevância dessas descobertas para nossa compreensão da evolução dos dinossauros emplumados.
Fonte: © CNN Brasil
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