Demis, prodígio do xadrez, criou jogo multimilionário Theme Park na adolescência antes de ir para Universidade de Cambridge, onde estuda neurociência e programação.
Videogames têm sido alvo de críticas por parte de alguns pais que se preocupam com o tempo que seus filhos passam em frente às telas. No entanto, ao invés de restringir o acesso, é possível enxergar os videogames de outra forma, como uma ferramenta para estimular a criatividade e o aprendizado das crianças.
Segundo especialistas, os jogos eletrônicos podem ser utilizados como uma maneira de desenvolver habilidades como raciocínio lógico, resolução de problemas e até mesmo trabalho em equipe. Além disso, incentivar a participação em competições saudáveis e moderar o tempo de uso dos videogames são estratégias eficazes para garantir benefícios sem prejudicar o desenvolvimento infantil.
Demis e sua paixão por Xadrez e Videogames
♟️O cofundador e chefe do DeepMind do Google é conhecido por sua habilidade no xadrez e seu histórico no mundo dos videogames desde a infância. A aquisição de sua empresa pelo Google em 2014 foi no valor de £ 400 milhões (R$ 2,5 bilhões). Em uma entrevista ao programa Today, da Radio 4 da BBC, Demis compartilhou como os jogos foram fundamentais em seu caminho para o sucesso. ‘É crucial nutrir a criatividade, não apenas jogar’, enfatizou.
‘As paixões podem ser trampolins para o sucesso, por isso encorajo os pais a permitirem que seus filhos se apaixonem por diferentes temas e a desenvolverem habilidades através desse amor por algo específico’, destacou.
Ele também ressaltou a importância da adaptabilidade das crianças em um ‘mundo em constante mudança’ e como essa habilidade pode ser desenvolvida desde cedo.
Demis: do Xadrez à Neurociência, passando pelos Videogames
Demis, uma criança prodígio no xadrez, criou um jogo de grande sucesso chamado Theme Park ainda na adolescência antes de ingressar na Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Após sua formação acadêmica, ele fundou uma empresa focada em jogos eletrônicos, concluiu um doutorado em neurociência e foi um dos cofundadores da DeepMind em 2010, empresa posteriormente adquirida pelo Google. Em um post no X (antigo Twitter) em 28/03, Demis expressou sua satisfação em se tornar cavaleiro britânico em reconhecimento aos serviços prestados à IA.
O futuro incerto da IA e o fenômeno deepfake
O avanço da inteligência artificial, principalmente no que diz respeito aos vídeos deepfake, tem gerado preocupações quanto ao seu uso, incluindo a manipulação de vídeos contendo pessoas reais em contextos inadequados. Christopher Doss, pesquisador da Rand Corporation, destacou que a detecção de vídeos deepfake tornou-se uma corrida entre aqueles que criam e aqueles que tentam identificar esses conteúdos fraudulentos.
Além disso, a preocupação com o viés de algoritmo na IA, especialmente sua aplicação na automatização de decisões como seleção de currículos, é uma questão que precisa ser abordada. A conferência realizada pelo primeiro-ministro britânico Rishi Sunak em 2023 ressaltou a importância de discutir os impactos da IA na sociedade, buscando mitigar possíveis riscos e garantir o uso responsável da tecnologia.
Demis e a Responsabilidade na Era da IA
No evento, Demis assinou uma declaração ressaltando a importância de gerenciar os riscos associados à IA, comparando-os com ameaças globais como pandemias e guerra nuclear. Em entrevista à BBC, ele se destacou ao reconhecer os alertas sobre os perigos da tecnologia e a necessidade de um gerenciamento adequado do poder da IA. Para Demis, é essencial garantir que o impacto positivo da IA beneficie a sociedade como um todo, uma responsabilidade que deve ser compartilhada por todos os envolvidos na evolução dessa tecnologia inovadora.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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