Medicamento controlando dores agudas, em excesso pode causar parada cardíaca por afetar sistema nervoso-central e desenvolver dependência.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro está apurando se o empresário Luiz Marcelo Antonio Ormond, cujo corpo foi descoberto em seu apartamento na semana passada, foi vítima de envenenamento pelo medicamento Dimorf, que possivelmente foi adicionado a um brigadeirão por sua namorada, Júlia Andrade Cathermol Pimenta. As autoridades seguem em busca da suspeita, que está foragida, para esclarecer os fatos relacionados ao Dimorf.
Enquanto isso, surge a dúvida: como o remédio atua no organismo humano? O Dimorf é conhecido por sua potente ação analgésica, mas seu uso indevido pode resultar em graves consequências. É fundamental compreender os efeitos e a dosagem correta desse remédio para evitar situações trágicas como a que envolveu Luiz Marcelo Antonio Ormond.
Dimorf: O Analgésico Opiode para Controle de Dores
O Dimorf, também conhecido como sulfato de morfina, é um poderoso analgésico opioide amplamente utilizado no tratamento de dores agudas e crônicas. Este medicamento é frequentemente prescrito em casos de infarto do miocárdio, lesões graves ou para aliviar a dor intensa em pacientes terminais.
A morfina, princípio ativo do Dimorf, é classificada como um medicamento controlado devido aos seus efeitos no sistema nervoso central. Sua ação pode levar até duas horas para se manifestar em indivíduos sem tolerância prévia. Uma vez ativa no organismo, a morfina pode permanecer ativa por até cinco horas, sendo crucial avaliar a necessidade de uma nova dose nesse intervalo de tempo.
Quando administrado na forma de comprimidos, o Dimorf está disponível em doses de 10 e 30 miligramas, mas também pode ser encontrado em forma injetável, geralmente utilizada em ambientes hospitalares. A administração intravenosa é feita de maneira gradual, visando reduzir os riscos de desenvolvimento de dependência física e psicológica.
De acordo com as instruções da bula, a dose inicial recomendada de sulfato de morfina para pacientes sem histórico de uso de opioides é de 180 mg por dia, podendo ser administrada de 5 a 30 mg a cada 4 horas, conforme necessário. No entanto, é essencial estar atento às contraindicações, que incluem condições como crise de asma, arritmia cardíaca, alcoolismo crônico e depressão do sistema nervoso central.
Os efeitos colaterais mais comuns do Dimorf incluem tontura, vertigem, sedação, náusea e vômito. O uso indevido ou abusivo desse medicamento pode resultar em complicações graves, como sonolência excessiva, depressão respiratória e circulatória, parada respiratória, choque, parada cardíaca e até mesmo óbito.
Em casos de intoxicação aguda, o tratamento pode envolver a administração de um antídoto conhecido como Naloxona, geralmente realizado em ambiente hospitalar. É fundamental estar ciente dos riscos associados ao uso do Dimorf e seguir rigorosamente as orientações médicas para garantir a segurança e eficácia do tratamento.
A história trágica do empresário encontrado morto em seu apartamento, com indícios de violência, levanta questões sobre os perigos potenciais envolvidos no uso indevido de substâncias como o Dimorf. A investigação do caso, que resultou na prisão de uma suspeita ligada ao crime, destaca a importância de utilizar medicamentos controlados com responsabilidade e sob supervisão médica adequada.
Fonte: © CNN Brasil
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