Aliados do prefeito avaliam apoio ao programa escolar de Tarcísio como um gesto ao bolsonarismo.
Em meio a protestos de entidades estudantis e partidos de esquerda, a proposta de escolas cívico-militares do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) gerou controvérsias no âmbito do prefeito Ricardo Nunes (MDB) e divide as pré-candidaturas à prefeitura da capital. O prefeito confirmou à CNN que o município irá aderir ao projeto de Tarcísio, aprovado na Assembleia Legislativa de São Paulo. No entanto, auxiliares e aliados do prefeito mencionaram que ainda não havia uma decisão definitiva, e que a prefeitura pretende ‘consultar a comunidade escolar e familiar para proporcionar à população o direito de escolha’.
A decisão do prefeito foi interpretada por seus aliados como um gesto em direção ao bolsonarismo, em um momento no qual o grupo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) busca influenciar a indicação do vice e expressa insatisfação com a falta de participação nos rumos da campanha. A discussão em torno das escolas cívico-militares evidencia a complexidade das relações políticas e educacionais, bem como a importância de envolver as instituições e a comunidade na tomada de decisões que impactam diretamente a sociedade.
Escolas Cívico-Militares: Debate e Posicionamentos
Leia Mais Manente conquista 31,8% dos votos em São Bernardo do Campo; Morando e Lima surgem em 2º lugar, conforme pesquisa do Paraná Pesquisas. Urnas não serão um desafio no Rio Grande do Sul, porém, cidades ‘devastadas’ geram preocupação, de acordo com o chefe do Ministério Público Eleitoral em entrevista à CNN.
No cenário educacional, a inauguração de uma obra ao lado de um pré-candidato a prefeito de Guarulhos pelo ex-presidente Lula levanta discussões sobre a implementação de escolas cívico-militares. O tema, que também engloba escolas militarizadas, tem sido alvo de debates entre diferentes instituições e grupos políticos.
O pré-candidato Kim Kataguiri (UB) destacou seu apoio ao programa, enfatizando a importância de oferecer mais opções aos pais e abordando a questão da disciplina e perseverança nas escolas. Por outro lado, a pré-candidata Marina Helena (Novo) expressou concordância com o modelo, ressaltando a necessidade de enfrentar desafios presentes na rede escolar.
Por outro lado, o deputado Guilherme Boulos (PSOL) manifestou sua oposição às escolas cívico-militares, argumentando que a militarização não deve fazer parte do ambiente escolar. Segundo ele, a educação não deve ser utilizada para propósitos eleitorais.
A deputada Tabata Amaral (PSB) levantou a questão da eficácia do modelo de escola cívico-militar, ressaltando a importância de embasar as decisões educacionais em evidências sólidas. Ela questionou a falta de estudos que comprovem os benefícios desse tipo de instituição e destacou a importância de priorizar estratégias educacionais com resultados comprovados, como as escolas em tempo integral.
O debate sobre as escolas cívico-militares continua a gerar opiniões divergentes entre os políticos e a comunidade escolar. Enquanto alguns defendem o modelo como uma solução para questões de disciplina e desempenho acadêmico, outros levantam preocupações sobre a militarização do ambiente escolar e a falta de embasamento em evidências concretas. A busca por um modelo educacional eficaz e inclusivo permanece como um desafio para as instituições de ensino e a sociedade como um todo.
Fonte: @ CNN Brasil
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