Small caps na bolsa enfrentam cobertura de juros em seu pior nível desde 2019. Com juros mais altos, empresas buscam soluções financeiras personalizadas.
Aproveitando a queda da taxa básica de juros para 2% durante a pandemia de Covid-19, diversas empresas exploraram a capacidade de quitação para obter empréstimos vantajosos e impulsionar seu desenvolvimento. Entretanto, com a rápida mudança nas taxas, retornando para níveis de dois dígitos, o custo da dívida aumentou consideravelmente, impactando a capacidade de quitação dessas organizações.
Esse cenário ressalta a importância da liquidez e da solvência empresarial para enfrentar oscilações econômicas e manter a capacidade de quitação em dia. Manter um equilíbrio financeiro sólido e uma gestão eficiente dos recursos são essenciais para honrar compromissos e garantir a saúde financeira da empresa no longo prazo.
Impacto da Capacidade de Quitação em Empresas
Para aquelas empresas que ainda não conseguiram restabelecer sua capacidade de gerar receitas, a realidade em 2024 é de empréstimos se tornando um fardo cada vez mais pesado, pressionando sua liquidez e solvência. Algumas delas estão à beira de uma situação de dificuldade extrema, quase chegando a um default.
De acordo com uma análise realizada pela consultoria financeira Seneca Evercore, compartilhada com o NeoFeed, as small caps listadas na bolsa brasileira enfrentam desafios para gerar caixa suficiente a fim de honrar seus compromissos de dívida. A liquidez e a solvência das empresas estão sob escrutínio, com indicadores de cobertura de juros mostrando uma queda preocupante.
O índice de cobertura de juros, que representa a capacidade de quitação das dívidas em relação ao lucro antes de juros e impostos (EBIT), para as empresas do índice SMALL11, que inclui nomes como Arezzo, Allos, Usiminas, Fleury e Casas Bahia, caiu para 1,3 ponto, em comparação com 2,7 no início de 2019. Quanto mais próximo de um esse índice se encontra, maior é o risco de inadimplência.
Diante desse cenário desafiador, as empresas são instadas a buscar soluções financeiras que visem melhorar sua capacidade de quitação, seja por meio de reestruturação de dívidas, emissão de títulos ou participação em operações de fusão e aquisição. A consultoria financeira personalizada se torna essencial para orientar essas organizações na tomada de decisões estratégicas.
O momento atual destaca a importância de considerar a taxa básica de juros em possíveis renegociações de empréstimos, buscando alternativas que ofereçam condições mais favoráveis, como empréstimos com custo reduzido. Além disso, a pressão da inflação e a expectativa de juros mais altos prolongam o desafio das empresas em honrar seus compromissos nos próximos meses.
O endividamento excessivo é percebido como um fardo que limita a capacidade de crescimento e investimento das empresas, reforçando a necessidade de estratégias financeiras sólidas. Fundos de private equity e potenciais investidores enxergam oportunidades de apoio e expansão em meio a esse cenário desafiador.
A situação atual reflete um cenário em que o otimismo anterior se confronta com a realidade de um ambiente econômico mais adverso. As pequenas e médias empresas, em particular, enfrentam maiores desafios devido ao seu acesso limitado ao mercado de capitais. Com taxas de juros elevadas e spreads de crédito significativos, a dificuldade para equilibrar as finanças se torna ainda mais evidente.
A necessidade de medidas proativas, como ajustes na estrutura de dívidas e busca por fontes alternativas de financiamento, se torna premente para garantir a sustentabilidade financeira das empresas. A capacidade de quitação eficiente é essencial para a sobrevivência e o crescimento no cenário econômico atual.
Fonte: @ NEO FEED
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