Presidente se reuniu com reitores e servidores no Palácio do Planalto. Desde abril, líderes sindicais em SP aderiram aos movimentos por valorização do ensino público.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez hoje um apelo aos reitores das universidades e institutos federais para que encerrem as greves. Durante seu discurso no Palácio do Planalto, o líder petista destacou a importância de buscar soluções que evitem paralisações prolongadas, visando o bem-estar de toda a comunidade acadêmica.
Lula ressaltou que a persistência das greves pode trazer prejuízos significativos para o ensino e a pesquisa no país, enfatizando a necessidade de diálogo e entendimento mútuo entre as partes envolvidas. O presidente reiterou seu compromisso com a valorização dos servidores públicos, incentivando a busca por alternativas que garantam a qualidade do serviço prestado à população.
Estagnação da Greve na Educação e Pronunciamento de Lula no Palácio
Neste cenário educacional, ao analisar o conjunto de ações em andamento, torna-se evidente a persistência da greve por motivos que parecem não justificar sua prolongada duração. Não são o ex-presidente Lula ou os reitores que estão sofrendo as consequências, mas sim o país e os estudantes brasileiros. Este fato deve ser considerado com seriedade. Não é somente por questões salariais mínimas que se deve manter uma paralisação indefinida. É necessário avaliar os demais benefícios envolvidos, como destacou Lula em seu discurso aos reitores.
Desde o mês de abril, várias categorias ligadas ao ensino federal decidiram aderir à greve. Em algumas instituições, tanto professores quanto técnicos-administrativos se uniram aos movimentos de paralisação. Em outros casos, apenas os professores ou exclusivamente os técnicos estão parados. Atualmente, mais de 53 universidades federais e 51 institutos estão enfrentando a greve.
O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) aponta uma defasagem salarial de 22,71% para os professores, acumulada desde o ano de 2016. Nesta segunda-feira, o presidente da República fez menção aos esforços da ministra da Gestão, Esther Dweck, nas negociações com os grevistas. Segundo o presidente, Esther disponibilizou um montante de recursos considerável para as categorias, buscando um acordo que beneficie a todos os envolvidos.
Lula, que iniciou sua trajetória política como líder sindical em São Paulo, reiterou que não haverá punições decorrentes da greve. Ele foi eleito para o terceiro mandato com um discurso voltado para a valorização do ensino público. Durante seu pronunciamento no Palácio do Planalto nesta segunda-feira, o ex-presidente ressaltou que ‘a greve possui um início e um fim determinados’. Ele enfatizou a importância de não permitir que uma greve se encerre por falta de diálogo, destacando a necessidade de coragem por parte dos líderes sindicais para negociar e tomar decisões assertivas.
O ministro da Educação, Camilo Santana, também se posicionou a favor do término da greve, criticando a paralisação como um último recurso quando esgotadas as possibilidades de diálogo. Segundo ele, é fundamental que todos contribuam para superar esse impasse e retomar as atividades acadêmicas em benefício dos alunos. Camilo mencionou que, em 2023, houve um reajuste de 9% para os servidores federais, ressaltando a dificuldade de recuperar perdas de gestões anteriores em um curto período de tempo.
Antes do pronunciamento, o governo anunciou investimentos significativos nas instituições federais de ensino. O ministro da Educação, Camilo Santana, destacou que esses investimentos totalizam mais de R$ 5,5 bilhões, evidenciando o compromisso do governo em fortalecer a educação pública no país.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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