Pesquisa no Festival 3i, no Rio, mostra mercado de influenciadores digitais com dados pré-liminares sobre construção de opiniões e atitudes nas redes sociais.
Dados iniciais de um estudo divulgado durante o Festival 3i, em São Paulo, mostram que o mercado de influenciadores digitais é marcado pela diversidade.
Além disso, a pesquisa aponta que o mercado de influenciadores está em constante evolução, refletindo a importância da influência digital nos dias atuais.
O mercado de influenciadores digitais: Dados pré-liminares e construção de opiniões
Um estudo recente buscou investigar os fatores que levam os jovens a seguir determinados perfis nas diversas plataformas digitais, assim como a influência desses perfis na formação de opiniões e atitudes políticas entre os usuários das redes sociais. No Brasil, foram distribuídos 100 questionários, nos quais os participantes tiveram a oportunidade de mencionar espontaneamente os influenciadores que seguem. Surpreendentemente, um total de 701 influenciadores foram citados, sendo que 72,6% foram mencionados apenas uma vez, enquanto apenas 3,7% receberam cinco ou mais menções.
Em outros países da América Latina, como no México, Chile, Colômbia e Argentina, o fenômeno se repete. Durante o Festival 3i, promovido pela Associação de Jornalismo Digital (Ajor), a cientista política Camila Rocha, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), apresentou os dados coletados. O evento, que teve início na quinta-feira (13) e termina neste sábado (15), já está em sua quarta edição e aborda diversos temas relacionados ao jornalismo, reunindo especialistas em mesas de debate, workshops e oficinas.
Além dos 100 questionários aplicados no Brasil, foram envolvidos 350 participantes de 16 a 24 anos em cinco países, com entrevistas a influenciadores e grupos focais para coleta de informações. Os resultados completos serão divulgados posteriormente pelo Cebrap. No Brasil, a lista dos influenciadores mais mencionados pelos entrevistados é liderada por Virgínia Fonseca, seguida por Carlinhos Maia, Rayssa Buq, Neymar, Mirella Santos, Mel Maia, Felipe Neto, Whindersson Nunes, Vanessa Lopes e Mari Maria.
O mercado de influenciadores digitais está em constante crescimento global, conforme apontado por um relatório do banco Goldman Sachs, que prevê um movimento de US$ 480 bilhões até 2027, dobrando sua atual escala. Camila Rocha destacou na pesquisa a presença significativa de influenciadores locais, que constroem conexões mais próximas com seus seguidores. Um exemplo é Bianca Santos, com mais de 80 mil seguidores, que viu sua vida mudar ao se tornar uma influenciadora digital durante a pandemia.
Bianca compartilhou sua experiência: ‘Eu sou maquiadora profissional e, na época da pandemia, fui muito afetada porque trabalho com noivas. Vários eventos foram cancelados, então comecei a criar conteúdo no TikTok, Instagram e outras redes. Eu viralizei e foi uma experiência totalmente nova para mim. Comecei a gravar vídeos me maquiando, mesmo sendo desafiador no início.’ As redes mais utilizadas pelos participantes brasileiros da pesquisa são Instagram, WhatsApp e TikTok, refletindo a relevância dos influenciadores digitais no cenário atual.
Fonte: © TNH1
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