Estudo mostra que tDCS via fone de ouvido pode aliviar depressão, ansiedade, insônia e insegurança pós-término de relacionamentos amorosos.
Cientistas desenvolveram um novo dispositivo de áudio que pode ajudar a reduzir a sensação de tristeza, negatividade e depressão ligadas ao rompimento de uma relação amorosa.
Esse fone de ouvido inovador promete ser um aliado para aqueles que enfrentam o término de uma relação, proporcionando conforto e bem-estar em momentos difíceis. Com a tecnologia avançada incorporada, ele busca melhorar o estado emocional dos usuários, oferecendo uma nova perspectiva durante o fim de um ciclo importante em suas vidas. de som
Estudo sobre Estimulação Transcraniana e Síndrome do Trauma Amoroso
Um estudo recente, divulgado na renomada revista científica Journal of Psychiatric Research, teve como foco principal investigar a possível eficácia da ‘estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS)’ no alívio dos sintomas associados à ‘Síndrome do Trauma Amoroso’, que é caracterizada pelos impactos emocionais decorrentes do término de uma relação amorosa.
O término de um relacionamento amoroso é reconhecido como uma das experiências mais dolorosas e desafiadoras que um indivíduo pode enfrentar em sua vida. Estudos recentes têm apontado para uma conexão neuropsicológica entre os sentimentos de rompimento e luto, destacando a ativação de regiões pré-frontais específicas do cérebro nesse processo.
Diante desse cenário, os pesquisadores decidiram explorar a aplicação da tDCS, por meio de um dispositivo semelhante a um fone de ouvido, como uma abordagem terapêutica para lidar com os sentimentos intensos que surgem após o término de um relacionamento amoroso.
A pesquisa envolveu a avaliação de 36 participantes diagnosticados com a síndrome do trauma amoroso, os quais foram submetidos a sessões de estimulação de 20 minutos, duas vezes ao dia, ao longo de 5 dias consecutivos, com intervalos de 20 minutos entre cada sessão. O dispositivo de tDCS foi aplicado nas regiões do córtex pré-frontal ventrolateral (VLPFC) e dorsolateral (DLPFC), responsáveis pela regulação das emoções.
Os participantes foram aleatoriamente designados para receber a estimulação em uma dessas regiões ou uma estimulação simulada. Os sintomas da síndrome, bem como os resultados do tratamento, incluindo o estado depressivo, ansiedade, regulação emocional, afeto positivo e negativo, e funções cognitivas, foram avaliados antes, imediatamente após, e um mês após a intervenção.
Os resultados revelaram que todos os participantes, independentemente da região estimulada, apresentaram uma redução significativa nos sintomas da síndrome do trauma amoroso logo após o estudo. Esses benefícios se mantiveram após um mês da intervenção. Além disso, foi observado que a estimulação na região DLPFC teve um efeito de melhoria significativamente maior em comparação com a VLPFC.
No que diz respeito à regulação emocional, afeto positivo e negativo, os participantes que receberam a estimulação real mostraram uma melhora superior em relação à simulação. Quanto às funções cognitivas, não foram identificadas diferenças entre os grupos.
Os pesquisadores destacaram que a aplicação de um campo elétrico adequado pode influenciar a condutividade das membranas biológicas, aumentando a permeabilidade para substâncias diversas. Embora os resultados tenham sido promissores, os autores ressaltam a importância de replicar esses achados em estudos mais abrangentes no futuro.
Fonte: © CNN Brasil
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