Corregedoria da Senappen investiga 10 servidores em penitenciária federal. Instaurados três processos disciplinares. Investimento em infraestrutura e estratégia de busca são adotados.
Após a fuga dos detentos da penitenciária federal de Mossoró, as autoridades locais estão em alerta máximo. A falta de revistas nas celas por mais de um mês levantou questionamentos sobre a segurança do presídio, gerando preocupação entre as autoridades responsáveis pela unidade.
Agora, as forças policiais estão em busca dos fugitivos que escaparam, enquanto a investigação da corregedoria da Senappen continua em andamento. A pressão para encontrar os fugitivos aumenta a cada dia, fazendo com que a polícia intensifique as buscas em busca da recaptura dos detentos foragidos.
Avaliação da Fuga de Presos na Penitenciária
A informação consta em uma IPS (investigação preliminar sumária) realizada pela corregedoria do órgão, que aponta que a fuga foi resultado de diversas falhas de procedimentos. Segundo fontes envolvidas nas buscas, a partir da próxima semana, vai haver uma mudança na estratégia de procura pelos fugitivos.
O tempo de permanência da Força Nacional no município não será renovado, haverá uso somente das forças locais, além de membros da inteligência da polícia. A busca pelos dois presos completa 44 dias nesta quinta-feira (28). Nesse intervalo, Rogério da Silva Mendonça, 36, conhecido como Martelo, e Deibson Cabral Nascimento, 34, chamado de Tatu ou Deisinho, já mantiveram uma família como refém, foram avistados em comunidades diversas, se esconderam em uma propriedade rural e agrediram um indivíduo na zona rural de Baraúna.
Os investigadores dizem acreditar que eles estejam atualmente escondidos em uma caverna na região, e um deles estaria mancando. De acordo com a IPS, a falha principal foi a ausência de revistas nas celas por um período mínimo de 30 dias, quando, conforme os procedimentos adequados, deveria ocorrer diariamente. Isso resultou na incapacidade dos servidores de detectar o buraco que os presos estavam fazendo na luminária.
Segundo os investigadores, não foi possível determinar com precisão quantos tempo foi necessário para abrir o buraco, mas estima-se que tenha levado de três a quatro dias. Além das barras de ferro da própria cela, os presos utilizaram uma chapinha de 20 cm, localizada no buraco da porta, por onde eles recebem alimentos. Há ainda a possibilidade de o prazo da falta de revistas em celas ser ainda maior, considerando que só foram analisados relatórios de um período de 30 dias.
Durante a investigação preliminar, foram colhidos depoimentos de 22 servidores. São apontadas ainda falhas estruturais no presídio, como o uso de luminária com parafuso inadequado e a ausência de laje no shaft, como é chamado o espaço da manutenção do presídio, onde estão máquinas, tubulações e toda a fiação. Segundo investigadores, a presença da laje poderia ter inviabilizado a fuga, considerando que em 2018, na penitenciária federal de Catanduvas, houve uma tentativa de fuga semelhante através da luminária.
Naquela ocasião, o preso não conseguiu sair e retornou à cela. As penitenciárias foram informadas sobre o ocorrido, e a penitenciária de Mossoró implementou o reforço na segurança das luminárias em 2018. No entanto, foi utilizado um parafuso inadequado, o que também teria contribuído para essa nova fuga. A corregedoria da Senappen não chegou a investigar a tentativa de fuga de 2018 tendo em vista que a situação foi classificada como dano ao patrimônio. Agora, investigadores consideram que houve um erro na época.
A avaliação é de que a obra na área externa do presídio não foi determinante para a fuga, mas facilitou a saída dos detentos. Após a conclusão da invest…
Investigação da Corregedoria sobre Fuga de Presos
Uma investigação preliminar sumária foi realizada pela corregedoria da Senappen para apurar a fuga de Rogério da Silva Mendonça, conhecido como Martelo, e Deibson Cabral Nascimento, chamado de Tatu ou Deisinho, da penitenciária. As falhas nos procedimentos de segurança do presídio foram apontadas como determinantes para a fuga dos presos. Segundo fontes ligadas à investigação, a nova estratégia de busca pelos fugitivos incluirá apenas as forças locais e membros da inteligência da polícia, sem a presença da Força Nacional.
Após 44 dias da fuga, os fugitivos ainda não foram capturados e acredita-se que estejam escondidos em uma caverna na região. A investigação identificou falhas na rotina de revistas nas celas, que não eram realizadas conforme os procedimentos adequados. Isso permitiu que os presos abrissem um buraco na luminária e escapassem da prisão. A ausência de laje no shaft, onde está localizado o sistema de manutenção do presídio, também foi apontada como uma falha que contribuiu para a fuga.
A tentativa de fuga semelhante ocorrida em 2018 na penitenciária federal de Catanduvas, que foi evitada devido à presença da laje no shaft, evidenciou a importância desse elemento de segurança. No entanto, a corregedoria não investigou a falha estrutural do presídio na época, classificando-a como dano ao patrimônio. Os investigadores agora consideram que essa decisão foi um erro, pois a falta de investimento na infraestrutura do presídio também contribuiu para a fuga dos detentos.
Além das falhas estruturais, a investigação preliminar identificou problemas no sistema de vigilância do presídio. Câmeras de segurança inativas ou com qualidade insatisfatória não conseguiram capturar imagens da fuga dos presos. A falta de investimento na infraestrutura do presídio, como a manutenção da cerca elétrica com sensor de presença e a substituição de lâmpadas danificadas, também foi apontada como uma das causas da fuga bem-sucedida.
Após a conclusão da investigação preliminar, a corregedoria da Senappen instaurou três processos administrativos disciplinares envolvendo servidores responsáveis pela segurança e manutenção do presídio. Além disso, 17 servidores receberam TACs (Termos de Ajustamento de Conduta) por não terem seguido os procedimentos adequados. Os processos administrativos disciplinares…
Fonte: © Notícias ao Minuto
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