Os FI-Infra estreiam com isenção de imposto de renda e retorno médio em dividendos, superando fundos imobiliários e incentivando debêntures.
Após quatro anos desde o lançamento, os fundos de infraestrutura (FI-Infra) têm se destacado como uma opção atrativa para investidores em busca de retornos sólidos e seguros.
Com a crescente demanda por projetos de grande porte, os fundos de infraestrutura têm sido fundamentais para impulsionar o desenvolvimento de novas iniciativas no setor, garantindo assim um ambiente propício para o crescimento econômico do país. Além disso, a diversificação oferecida pelos FI-Infra tem atraído cada vez mais investidores em busca de oportunidades de investimento promissoras e alinhadas com suas estratégias de longo prazo.
Os Benefícios dos Fundos de Infraestrutura na Diversificação de Investimentos
No período de 12 meses, os fundos de infraestrutura superam diversas outras classes de ativos em termos de retorno, incluindo os fundos imobiliários, os fiagros, o CDI e o IMA-B. Em maio até o dia 20, os FI-Infra apresentam um retorno de 0,5%, destacando-se em relação aos fundos imobiliários e fiagros, porém ficando abaixo do CDI e do IMA-B, conforme análise conduzida por Fernando Siqueira, chefe de pesquisa da Guide Investimentos.
A taxa média das carteiras dos fundos de infraestrutura mais negociados em bolsa varia entre IPCA + 6,7% e IPCA + 9,4%, com a rentabilidade oferecida pelos papéis de infraestrutura nesses fundos atingindo IPCA + 7,8%. Esse desempenho supera em 1,7 ponto percentual o retorno oferecido pelo papel do Tesouro Direto conhecido como Tesouro IPCA+ com vencimento em 2035, que atualmente registra ganhos de IPCA + 6,12%.
O maior retorno desses fundos é justificado pelo risco de crédito associado, porém, mesmo assim, os fundos de infraestrutura são considerados uma opção de investimento atrativa, com um risco-retorno favorável. Siqueira destaca que a média de retorno em dividendos (conhecido como ‘dividend yield’) dos FI-Infra é de 13% ao ano.
Lançados em 2020 com o objetivo de financiar o desenvolvimento do país, os fundos de infraestrutura investem principalmente em debêntures incentivadas, títulos de dívida emitidos por empresas para viabilizar projetos de infraestrutura. Esses fundos devem alocar pelo menos 85% de seu patrimônio nesses papéis.
Embora não seja obrigatório para o FI-Infra, é comum que esses fundos distribuam dividendos mensalmente. Além disso, a classe desfruta de isenção de imposto de renda não apenas nos dividendos, mas também nos ganhos de capital. Assim como os fundos imobiliários, os fundos de infraestrutura têm suas cotas negociadas em bolsa, permitindo que os investidores diversifiquem seus investimentos comprando essas cotas na B3.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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