Juiz dos EUA considerou prática anticompetitiva da empresa ao garantir buscador como padrão em celulares.
A Alphabet, empresa-mãe do Google, foi considerada culpada de violar a lei antitruste nos Estados Unidos, com o objetivo de consolidar sua posição no mercado de buscas e publicidade online, conforme determinação do juiz Amit Mehta, da região de Columbia, divulgada nesta segunda-feira (5).
O Google, que faz parte da Alphabet, enfrenta agora as consequências legais de suas práticas anticoncorrenciais, que visavam a dominância no setor de buscas e anúncios online. A decisão do juiz Mehta representa um marco importante no processo de regulamentação das gigantes de tecnologia, evidenciando a necessidade de garantir a concorrência justa no mercado digital.
Decisão do Tribunal: Google é Considerado Monopolista
Após ter considerado e pesado cuidadosamente o depoimento e as evidências das testemunhas, o tribunal chega à seguinte conclusão: o Google é um monopolista e agiu como tal para manter seu monopólio’, disse Mehta, em sua decisão. A ação foi aberta em 2020 pelo Departamento de Justiça dos EUA, que acusou a Alphabet de ter criado enormes barreiras de entrada para concorrentes do Google, como Bing, da Microsoft, e DuckDuckGo. No veredito, o juiz destacou como exemplo dessas barreiras o pagamento de US$ 26,3 bilhões (cerca de R$ 150 bilhões) pela Alphabet a fabricantes de celulares para garantir que o Google fosse o buscador padrão nesses dispositivos. Os acordos foram considerados anticompetitivos e, por isso, esse tipo de prática deve ser interrompida, afirmou Mehta. O veredicto foi apontado pela agência Reuters como a maior vitória do governo americano contra um monopólio nos últimos 20 anos. O juiz agora poderá decidir quais medidas deverão ser tomadas pela Alphabet, como mudar sua forma de operar ou vender parte da empresa, segundo o jornal The New York Times. Durante o julgamento, o Google defendeu que não agiu de maneira anticompetitiva e que tem grande participação no mercado porque cria produtos que agradam aos consumidores. O g1 procurou o Google e aguarda o posicionamento da empresa sobre a decisão.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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