Pesquisadores concluíram: declínio populacional catastrófico não foi causado por tragédia ecológica, mas sim por debate feroz entre potências coloniais.
Na Ilha de Páscoa, localizada no Pacífico Sul e pertencente ao Chile, é possível encontrar centenas de cabeças de pedra monumentais espalhadas pelo litoral. Essas impressionantes esculturas são um mistério arqueológico que intriga visitantes de todo o mundo.
Além das estátuas de pedra, a Ilha de Páscoa, também conhecida como Rapa Nui, possui uma rica cultura polinésia e paisagens deslumbrantes. Os habitantes locais preservam as tradições ancestrais e compartilham a história fascinante desse lugar único no mundo. grupo
Novas Descobertas na Ilha de Páscoa Revelam Segredos da Civilização Antiga
Colonizada por um pequeno grupo de marinheiros polinésios há cerca de 900 anos, a Ilha de Páscoa é um lugar fascinante que tem sido objeto de debate feroz sobre como sociedades complexas às vezes podem falhar desastrosamente. O geógrafo Jared Diamond, em seu livro ‘Colapso’ de 2005, usou a Ilha de Páscoa como um exemplo de como a exploração de recursos limitados pode resultar em declínio populacional catastrófico, devastação ecológica e a destruição de uma cultura por lutas internas.
Outros pesquisadores sugerem o oposto, argumentando que a Ilha de Páscoa é um exemplo de como um povo isolado criou um sistema sustentável, permitindo que uma população pequena, mas estável, prosperasse por séculos até o primeiro contato com as potências coloniais europeias no início do século XVIII. Novas pesquisas com dados de sensores e evidências da agricultura insular oferecem pistas sobre o misterioso desaparecimento da civilização original da ilha.
A Ilha de Páscoa, também conhecida como Rapa Nui, está localizada a mais de 2 mil quilômetros da ilha habitada mais próxima de Pitcairn e a cerca de 3.700 quilômetros do continente sul-americano. O Dr. Dylan Davis e sua equipe, em um estudo publicado recentemente na revista Science Advances, revelaram descobertas surpreendentes sobre as práticas agrícolas dos habitantes da ilha.
Com 163 quilômetros quadrados, a Ilha de Páscoa é um pouco menor que Washington, DC. Os jardins de pedra cobriam até 21,1 quilômetros quadrados e poderiam ter sustentado até 17 mil pessoas, de acordo com pesquisas anteriores. No entanto, o novo estudo sugere que o número máximo de habitantes era de quase 4 mil, menos de um quarto da estimativa anterior.
Os habitantes da Ilha de Páscoa utilizavam uma antiga técnica de cultivo conhecida como cobertura de rocha, que tornava a terra mais produtiva, selando nutrientes e adicionando umidade às plantas. Os arqueólogos identificaram os restos de jardins rochosos onde os nativos cultivavam batatas-doces e outras culturas. Essa prática ancestral protegia as plantas jovens dos ventos e fornecia umidade essencial para o cultivo.
As novas descobertas de Davis e sua equipe estão lançando luz sobre a verdadeira capacidade de sustentação da população da Ilha de Páscoa, desafiando conceitos anteriores e revelando segredos há muito perdidos da civilização antiga de Rapa Nui.
Fonte: @ CNN Brasil
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