Amostras coletadas revelarão história do bioma e impactos climáticos. Equipe de pesquisadores da USP e técnicos da Geosol na primeira fase do Projeto Transamazônica.
O início do Projeto científico de perfuração na Amazônia, realizado por uma equipe de pesquisadores da USP e técnicos da Geosol, foi marcado pela coleta do primeiro testemunho no Pará. A importância desse Projeto de Perfuração para o estudo da região amazônica é fundamental para compreender sua complexidade e riqueza ambiental.
A conclusão da primeira fase do Projeto de Perfuração Transamazônica no Acre após oito meses representa um marco significativo para esse megaprojeto científico. A continuidade desse megaprojeto científico de perfuração promete trazer insights valiosos sobre a região, contribuindo para a preservação e o conhecimento da Amazônia. A interligação entre o Projeto de Perfuração e a região da Transamazônica reforça a importância desse trabalho para a ciência e o meio ambiente.
Projeto Científico de Perfuração: Explorando a Origem da Amazônia
O megaprojeto científico de perfuração na região norte do Acre, especificamente no município de Rodrigues Alves, está avançando com sucesso em sua primeira fase. A equipe de pesquisadores da USP, em parceria com técnicos da Geosol, realizou a coleta de 870 metros de testemunhos contínuos a uma profundidade impressionante de 923 metros.
Os testemunhos coletados consistem em amostras cilíndricas de rochas sedimentares do Cenozóico, abrangendo os últimos 23 milhões de anos. Esses materiais são fundamentais para entender a história da Amazônia e sua evolução ao longo do tempo. O pesquisador André Sawakuchi, do Instituto de Geociências da USP, destaca a importância dessas descobertas sem precedentes.
Durante a segunda fase do Projeto de Perfuração Transamazônica, a equipe se deslocou para o município de Bagre, localizado na Ilha do Marajó, no Pará. A perfuração teve início em um domingo, às 15h30, e tem previsão de durar cerca de três meses, com o objetivo de atingir até 1.250 metros de profundidade.
A logística para essa etapa do projeto foi desafiadora, com o equipamento de sondagem percorrendo aproximadamente 3800 quilômetros em 29 dias, desde Rodrigues Alves até a região paraense. A bacia sedimentar na Ilha do Marajó, próxima à foz do rio Amazonas, promete revelar informações valiosas sobre a história não apenas da Amazônia, mas também do Cerrado e do clima da região centro-oeste do Brasil.
As amostras coletadas serão analisadas em renomadas instituições, incluindo o repositório do ICDP na Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, e em universidades parceiras no Brasil, França, Panamá, Holanda, Dinamarca, entre outros países. O investimento total no projeto de perfuração é de aproximadamente US$ 3.9 milhões, com contribuições significativas de organizações como o ICDP, a NSF dos Estados Unidos, o STRI do Panamá e a FAPESP de São Paulo.
Essa iniciativa representa um marco na pesquisa científica, reunindo especialistas de diversas áreas para desvendar os segredos da Amazônia e sua influência no clima da América do Sul tropical. O Projeto de Perfuração Transamazônica promete abrir novos horizontes para a compreensão da história geológica e ambiental dessa região única em nosso planeta.
Fonte: @ Terra
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