Profissionais de saúde assinam textos garantindo mais segurança com diagnósticos precisos. A Medicina 3.0 contribui para superar preconceitos iniciais.
Uma nova colaboradora está se aproximando da mesa para se sentar ao lado do doutor e de seu paciente na sala de atendimento. Vem preparada para auxiliar com diagnósticos mais precisos, aprimorando a assertividade dos tratamentos e garantindo ao especialista mais segurança e disponibilidade. A recém-chegada atende por Inteligência Artificial.
A IA está revolucionando a forma como a medicina é praticada, trazendo inovações que beneficiam tanto os profissionais de saúde quanto os pacientes. Com sua capacidade de processar grandes volumes de dados em tempo recorde, a Inteligência Artificial está se tornando uma aliada indispensável no cuidado da saúde, proporcionando resultados mais eficazes e eficientes. A presença da IA na equipe médica promete transformar a experiência de diagnóstico e tratamento para melhor.
Inteligência Artificial na Medicina 3.0: Contribuindo com Diagnósticos Precisos
A evolução da Medicina 3.0 tem como base a Inteligência Artificial (IA), que desempenha um papel fundamental na análise de big data e na compreensão da saúde como um conceito dinâmico e multidimensional, abrangendo bem-estar e prevenção de doenças. Especificamente na cardiologia, a IA tem sido cada vez mais reconhecida, apesar do preconceito inicial ainda presente tanto entre leigos quanto entre profissionais da área.
Há quem acredite que a IA irá robotizar os atendimentos médicos, substituindo os profissionais por máquinas. No entanto, evidências científicas demonstram que as tecnologias atuais estão permitindo que as tarefas técnicas sejam executadas de forma mais eficiente, garantindo que os médicos tenham mais tempo para se dedicar aos pacientes.
As doenças cardíacas continuam sendo uma das principais causas de morte no país, com aproximadamente 400 mil óbitos por ano. A IA tem desempenhado um papel significativo na antecipação de eventos cardiovasculares, como evidenciado por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Utilizando machine learning, uma subdivisão da IA que emprega algoritmos, os pesquisadores conseguiram prever com maior precisão os riscos a longo prazo de recorrência de síndrome coronariana aguda em pacientes. Essa abordagem permitiu uma identificação mais eficaz de indivíduos com maior probabilidade de desenvolver novos problemas cardíacos.
Além disso, a aplicação de algoritmos possibilitou alcançar uma taxa de acerto de 90% na predição de eventos cardiovasculares subsequentes em um paciente, contribuindo para orientar médicos e pacientes e minimizar a ocorrência desses eventos.
Um exemplo adicional da integração da Medicina 3.0 com a cardiologia é um estudo recente que utiliza ultrassonografia das carótidas aliada à Inteligência Artificial para detectar alterações na camada ‘íntima’ dessas artérias. Essa tecnologia tem se mostrado eficaz na identificação precoce de problemas cardíacos, aumentando significativamente a taxa de acerto em comparação com métodos anteriores.
Esses avanços destacam o papel crucial da Inteligência Artificial na Medicina 3.0, proporcionando diagnósticos mais precisos e contribuindo para a melhoria dos tratamentos preventivos e pós-diagnóstico. A parceria entre a tecnologia e a medicina está garantindo mais segurança e eficácia no cuidado com os pacientes.
Fonte: @ Veja Abril
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