Papéis atrelados à inflação e prefixados sobem com dados do presidente do BC, Roberto Campos Neto: PIB 2,3%, IPCA acima.
Os papéis do Tesouro Direto tiveram um aumento significativo em relação à última sessão. Hoje, quinta-feira (27), o mercado de títulos públicos está sendo influenciado pelas informações provenientes dos Estados Unidos e pelos pronunciamentos de autoridades do Banco Central americano e do Brasil.
No mercado financeiro, os papéis do Tesouro Direto são considerados investimentos seguros e de baixo risco. Diversos investidores optam por adquirir esses papéis como forma de garantir uma rentabilidade estável ao longo do tempo.
Tesouro Direto: Oportunidades e Desafios nos Títulos Públicos
No início do dia, os dados vindos dos Estados Unidos revelaram um crescimento de 1,4% no 1º ciclo de 2024, alinhado com as expectativas dos especialistas. Esses números confirmam a resiliência da economia americana, sinalizando uma menor margem para o Fomc, o comitê de mercado aberto do banco central dos EUA, iniciar um movimento de redução das taxas de juros. Enquanto isso, o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado pelo Banco Central brasileiro trouxe uma revisão para cima na projeção do PIB deste ano, passando de 1,9% para 2,3%.
Os analistas apontam que as chances de o IPCA, índice oficial de inflação do Brasil, ultrapassar o limite superior da meta estabelecida para este ano estão em 28%. A meta de inflação definida pelo governo é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, resultando em um teto de 4,5% para a inflação. Segundo o Banco Central, a probabilidade de o IPCA exceder esse limite é de 28% no decorrer deste ano, não havendo, no entanto, possibilidade de a inflação ficar abaixo da faixa estabelecida.
Por volta do meio-dia, os papéis do Tesouro Direto atrelados à inflação apresentavam valorização. O Tesouro IPCA 2035 oferecia um rendimento de 6,39%, enquanto o Tesouro Prefixado 2031 registrava uma variação de 12,21% para 12,34% entre ontem e hoje. No geral, os especialistas enxergam com otimismo os patamares atuais desses dois tipos de títulos.
No caso dos papéis indexados à inflação, a combinação de mais de 6% de retorno mais a correção pela inflação auxilia o investidor a proteger seu portfólio contra a alta dos preços, garantindo uma taxa atrativa. Já em relação aos títulos prefixados, a recomendação é de prudência na quantidade adquirida e no prazo escolhido. É importante lembrar que as taxas e os preços dos títulos possuem uma relação inversamente proporcional, ou seja, quanto maior a taxa, menor o preço e vice-versa.
Com o aumento das taxas, embora seja uma boa notícia para os investidores, pois garante uma rentabilidade superior se mantida a aplicação até o vencimento, o valor de mercado dos títulos tende a diminuir, acarretando em uma perda temporária para quem detém esses papéis em sua carteira. O Tesouro Direto continua sendo uma opção atraente para investidores que buscam diversificar suas aplicações e obter retornos consistentes no mercado financeiro.
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo