Ila Silva de Albuquerque e Lucila da Silva Assis, 2 e 5 anos, separadas após morte do pai, no último sábado, TV Centro América, Campo Grande, 82.
82 anos se passaram desde que duas irmãs foram separadas ainda crianças e, finalmente, tiveram a oportunidade de se reencontrar em Cuiabá. O emocionante reencontro ocorreu no último sábado, trazendo à tona memórias de um passado distante, marcado pela separação precoce após a trágica morte de seu pai, Emiliano Albuquerque, em 1942, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Ila Silva de Albuquerque, com apenas dois anos na época, e sua irmã Lucila da Silva Assis, com cinco anos, seguiram caminhos distintos durante décadas.
O reencontro das irmãs separadas foi um verdadeiro momento de celebração e reconexão familiar. A história dessas irmãs que viveram tanto tempo distantes emocionou a todos, mas agora, juntas novamente, elas podem compartilhar novos capítulos de suas vidas e fortalecer os laços que o tempo e a distância não conseguiram quebrar. A união das duas irmãs é um exemplo inspirador de amor e perseverança, mostrando que, mesmo depois de décadas, a família sempre encontra uma maneira de se reunir.
Reencontro emocionante das irmãs separadas há 82 anos em Cuiabá
A mãe das meninas, Rufina da Silva, enfrentando a dor da perda do marido, tomou a difícil decisão de separar as irmãs. Com todas as limitações financeiras, ela entregou Ila para dona Regina, em Campo Grande, antes de seguir para São Paulo com a caçula. No último sábado, as irmãs se abraçaram emocionadas, após mais de oito décadas de separação. O encontro marcante aconteceu com a ajuda de familiares e envolveu muitas lágrimas e alegrias.
No dia da separação, a irmã mais velha, Lucila, se despediu de Ila com lágrimas nos olhos. Prometeu que voltaria com um presente especial: um ‘papatinho’. Essas palavras de consolo reverberaram por décadas, até que o destino as unisse novamente. A neta de Lucila, Mayara, desvendou os mistérios da família ao pesquisar sua árvore genealógica em março de 2024. Ao encontrar a certidão de nascimento da tia-avó, o caminho para o reencontro se abriu.
As tentativas anteriores de contato foram frustradas pela falta de meios de comunicação da tia-avó, que é surda e não usa redes sociais. No entanto, a persistência e amor da família finalmente triunfaram. O momento mágico em que Ila, aos 84 anos, e Lucila, aos 87 anos, se abraçaram novamente é um testemunho do poder do amor fraternal.
O abraço apertado entre as irmãs transcendeu o tempo e encheu os corações de todos com alegria. O tão esperado ‘papatinho’ finalmente foi entregue, simbolizando a promessa cumprida após 82 longos anos. Em meio a homenagens e lágrimas de gratidão, as irmãs mostraram que o tempo e a distância não foram capazes de apagar o amor que as unia desde o início.
Fonte: @ Hugo Gloss
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