Biden condiciona apoio a Israel à proteção de civis palestinos em Gaza. Medidas concretas exigidas pelos EUA nas próximas horas e dias.
Diante da grave situação de emergência na Faixa de Gaza, a ajuda humanitária se tornou ainda mais essencial para garantir o suporte necessário à população afetada. Com isso em mente, Israel tomou a decisão de permitir a entrega de assistência humanitária por meio de novos pontos de acesso, conforme anunciado pelo gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu nesta sexta-feira (5). Essa medida é de extrema importância para amenizar o sofrimento dos cidadãos diante do cenário de crise.
O diálogo entre Netanyahu e Joe Biden evidencia a importância da solidariedade internacional no fornecimento de suporte humanitário. A comunidade global deve unir esforços para garantir que a ajuda humanitária chegue de forma eficaz e abrangente àqueles que mais necessitam. Nesse sentido, a colaboração entre os países e organizações é fundamental para promover o bem-estar e a dignidade das pessoas afetadas. Não podemos ignorar a urgência dessa questão e precisamos agir com rapidez e compaixão diante das dificuldades enfrentadas na Faixa de Gaza.
Apoio condicionado
O presidente dos Estados Unidos, pela primeira vez, condicionou o apoio a Israel à proteção dos civis palestinos em Gaza. O gabinete de guerra de Israel autorizou o governo a ‘tomar medidas imediatas para aumentar a ajuda humanitária à população civil da Faixa de Gaza’, informou o gabinete de Netanyahu.
Segundo o gabinete, isso permitirá ‘evitar uma crise humanitária, e é necessário para garantir a continuação dos combates e alcançar os objetivos da guerra’.
No comunicado, o gabinete do primeiro-ministro explica que será autorizado o acesso de ajuda através de dois pontos: o porto israelense de Asdod, a cerca de 35 km de Gaza; a passagem de Erez, situado no norte do território palestino. Desde o início da guerra entre Israel e Hamas, em 7 de outubro, a assistência humanitária entra a conta-gotas na Faixa de Gaza e mal chega ao norte do território.
Intensificação da pressão
A região foi devastada pelos combates e está ameaçada pela fome iminente, segundo a ONU. As autoridades também vão permitir ‘o aumento da ajuda jordaniana pela passagem de Kerem Shalom’, um posto fronteiriço no extremo sul de Israel. Até agora, a maior parte da assistência humanitária entra em Gaza pela cidade de Rafah, na fronteira com o Egito, no extremo sul do território palestino.
A pressão internacional sobre Israel se intensificou após a morte de sete trabalhadores humanitários da ONG World Central Kitchen em um ataque israelense, na segunda-feira (1º). Depois do telefonema entre Biden e Netanyahu, os Estados Unidos exigiram um ‘aumento drástico’ da ajuda humanitária a Gaza, com medidas concretas ‘nas próximas horas e dias’.
Preocupação com Rafah
O presidente norte-americano enfrenta uma pressão interna por seu apoio a Israel no conflito. Os aliados de Biden pedem para que ele considere a possibilidade de condicionar os bilhões de dólares em ajuda militar a Israel em troca da moderação no conflito.
O conflito começou em 7 de outubro, após um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelense. Ao todo, 1.170 pessoas foram mortas, sendo a maioria civis. Os dados foram reunidos por uma nova contagem da AFP a partir de dados oficiais. Os combatentes islamistas também capturaram mais de 250 pessoas, das quais 130 continuam retidas em Gaza. Dentre os reféns, 34 teriam morrido, segundo autoridades israelenses.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
Comentários sobre este artigo