A chef argentina Paola Carosella expande sua marca La Guapa com franquias, incluindo o famoso repulgue em seus planos.
Pulgar, do espanhol, ‘polegar’. Repulgar, a técnica de fechar empanadas — ‘con las manos’. Diariamente, 20 colaboradores da fábrica da La Guapa, em São Paulo, se empenham em fechar cuidadosamente, uma por uma, 30 mil unidades do quitute, difundido no Brasil graças à chef argentina (e apresentadora e escritora) Paola Carosella. O processo é minucioso e requer habilidade manual para garantir a qualidade das empanadas.
As habilidosas quitetas da equipe de produção da La Guapa são responsáveis por dar o toque final nas empanadas, seguindo as instruções de Paola Carosella. O cuidado e a precisão são essenciais para manter a tradição e o sabor autêntico desse quitute tão apreciado pelos brasileiros. Cada empanada fechada com maestria representa a dedicação e o amor pela culinária latino-americana.
Expansão da La Guapa e Sucesso das Empanadas
Ao formato de cada ‘dobradura’ equivale um dos 14 sabores disponíveis no cardápio. O cuidado e a atenção dispensados ao repulgue são emblemáticos do modo como Paola e o sócio Benny Goldenberg tocaram o negócio ao longo da última década. E o que os permitiu, 14 milhões de empanadas depois, lançar a franquia da La Guapa, anunciada com exclusividade pelo NeoFeed.
A La Guapa nasceu de um pensamento estratégico muito estruturado do que a gente queria ser’, conta Goldenberg. ‘A gente chega ao final desses dez anos com uma empresa organizada, uma governança auditada por Big Four e um time bastante preparado.’ Para cuidar da nova área, a dupla trouxe para a equipe Fabio Furquim, executivo com longa experiência em franquias, com passagem por redes como Wal-Mart, Burger King, Pìzza Hut, Subway e Alife Nino. Para 2024, estão previstos oito franqueados.
Para o próximo ano, 18; depois, 24… e assim, até 100 unidades, em 2030, explica Furquim, em conversa com o NeoFeed. Os valores começam em R$ 500 mil, mais R$ 50 mil de taxa, para uma loja de 50 metros quadrados, mediante contrato de 60 meses — e payback entre dois e três anos. ‘Uma franquia nada mais é do que uma transferência de know-how’, afirma o sócio. ‘E a gente tem uma capacidade absurda de transferência de know-how. A gente sabe o que está fazendo.’ Uma das preocupações é nunca ter franqueados em cidades onde a La Guapa tem loja própria — quando acontece, argumentam Goldenberg e Furqim, pode criar um ruído incômodo entre as partes. Engana-se quem pensa que com a entrada da marca no novo modelo de negócios, a La Guapa ficará onde está. Ao contrário. A empresa seguirá investindo em lojas próprias. Hoje são 38 unidades. A maioria está no estado de São Paulo, mas as empanadas de Paola Carosella já chegaram ao Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte e Distrito Federal. Para agosto agora, está prevista a abertura de um quiosque em Ipanema e mais uma unidade na capital paranaense.
Um marco na trajetória da companhia foi o aporte de R$ 50 milhões, pela gestora de private equity Concept Investimentos, em 2020. A OrderVC, de Gilberto Zancopé, também apostou na empresa. A injeção de capital possibilitou, por exemplo, a ampliação da equipe, hoje, com 400 colaboradores, e a construção da fábrica de 2,5 mil metros quadrados, em São Paulo — de onde saem todas as empanadas, vendidas Brasil afora.
Para cada um dos 14 sabores de empanada, há um repulgue diferente (Foto: Divulgação/La Guapa) A maioria das lojas está no estado de São Paulo, mas já há unidades da La Guapa no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Distrito Federal (Foto: Divulgação/La Guapa) Os quitutes são enviados congelados para as lojas e, lá, vão para o forno no momento de servir. O domínio sobre a cadeia de produção é o que garante a qualidade das empanadas. Algumas, aliás, são praticamente 100% artesanais. Um ponto forte de contato com os clientes, fundamental na fidelização, é o aplicativo La Guapa. Criada em 2021, a plataforma não se destina apenas.
Fonte: @ NEO FEED
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