Marcela tinha ferimentos no corpo devido a um acidente de carro. O laudo do médico legista contradiz a versão do fisiculturista sobre a queda.
TIAGO MINERVINO SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Polícia Civil de Goiás indiciou por feminicídio o fisiculturista Igor Porto Galvão pelo assassinato da esposa, Marcela Luise de Souza Ferreira, que morreu vítima de espancamento. Marcela tinha ferimentos no corpo que pareciam ter sido provocados por um acidente de carro.
Em meio às investigações, foi descoberto que Igor Porto Galvão, conhecido como um malhador assíduo da região, vinha apresentando comportamento agressivo nos últimos meses. O praticante de musculação, que era considerado um atleta de academia respeitado, agora se encontra sob custódia aguardando julgamento. A comunidade local ficou chocada com a notícia do crime cometido pelo renomado fisiculturista.
Investigação da Polícia Civil de Goiás sobre o Fisiculturista
Durante a investigação conduzida pela Polícia Civil de Goiás, a delegada Bruna Coelho revelou que o laudo elaborado pelo médico legista contradisse a versão apresentada pelo fisiculturista. Segundo a delegada, as lesões encontradas na vítima são incompatíveis com uma simples queda da própria altura. O médico legista afirmou que tais lesões são mais condizentes com quedas de grandes alturas ou até mesmo com fraturas típicas de acidentes automobilísticos.
A delegada Bruna Coelho enfatizou que o fisiculturista tinha a intenção de matar sua esposa, destacando que as evidências coletadas durante a investigação apontam para esse fato. Testemunhas descreveram o fisiculturista como uma pessoa propensa a brigas e discussões, caracterizando-o como alguém de comportamento agressivo e explosivo.
Um vídeo crucial no caso mostra o momento em que o fisiculturista, sem camisa, levou sua esposa para o hospital. As imagens revelam a gravidade das lesões sofridas por Marcela, que veio a falecer dez dias após ser hospitalizada em decorrência desses ferimentos.
É importante ressaltar que o suspeito já possuía um histórico de violência contra mulheres, tendo sido denunciado anteriormente com base na Lei Maria da Penha. Marcela chegou a obter uma medida protetiva contra o fisiculturista, que foi posteriormente revogada quando o casal decidiu reatar o relacionamento.
A defesa de Igor, o fisiculturista, lamentou a morte de Marcela, porém alegou não haver provas suficientes para justificar sua prisão preventiva. A defesa argumentou que a perícia realizada pela polícia foi inconclusiva e que seu cliente não interferiu na investigação.
No caso de violência doméstica, é fundamental denunciar. A Polícia Civil de Goiás reforça a importância de relatar qualquer episódio de agressão contra mulheres, lembrando que a violência doméstica é um problema grave que muitas vezes é cometido por parceiros ou ex-companheiros. Se presenciar um caso de agressão, não hesite em ligar para o número de emergência 190 e fazer sua denúncia.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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