Presidente destaca disputa histórica sobre uso de recursos do Orçamento em entrevista à rádio CBN, mencionando cortes de gastos e programas sociais.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou hoje que há uma ‘batalha histórica em relação à utilização dos recursos do Orçamento’. Enfrentando questionamentos por não realizar cortes de despesas, afirmou ter uma ‘discordância significativa sobre o que é gasto e o que é investimento’.
Em meio a debates acalorados, Lula reforçou a importância de uma gestão responsável do Orçamento. Ele ressaltou a necessidade de diferenciar com clareza as despesas correntes dos investimentos estratégicos para o desenvolvimento do país.
Orçamento e Despesas Sociais: A Crítica de Lula aos Empresários
Durante uma entrevista à rádio CBN, o ex-presidente Lula fez críticas contundentes aos empresários que, segundo ele, reclamam dos gastos em programas sociais, enquanto se beneficiam de isenções fiscais. Lula ressaltou que as mesmas pessoas que argumentam contra os investimentos em programas sociais são as mesmas que desfrutam de isenções que chegam a R$ 546 bilhões.
Para Lula, a questão fundamental é o uso de recursos de forma equilibrada e justa. Ele destacou a importância de discutir cortes de gastos e ajustes no Orçamento, especialmente quando se trata de programas sociais essenciais para a população mais vulnerável. O ex-presidente enfatizou que é preciso avaliar quem realmente está se beneficiando das isenções e se esses benefícios estão sendo distribuídos de forma justa.
Ao mencionar o déficit de quase R$ 1 trilhão na Previdência, Lula questionou se é justo cortar benefícios de aposentadoria enquanto bilhões são concedidos em isenções fiscais. Ele ressaltou a necessidade de transparência e responsabilidade na gestão do Orçamento, evitando que os cortes recaiam sobre os mais necessitados.
Lula também mencionou a importância de um diálogo aberto com a equipe econômica para identificar as reais necessidades de ajustes no Orçamento. Ele expressou surpresa com a quantidade de renúncias fiscais concedidas pelo governo, destacando casos como os R$ 60 bilhões de isenção na agricultura e os R$ 32 bilhões no setor de combustíveis.
Para o ex-presidente, a concentração de benefícios fiscais nas mãos de poucos em detrimento da maioria da população é um dos principais desafios do Brasil. Ele enfatizou a importância de garantir que o Orçamento seja utilizado de forma justa e equilibrada, sem privilegiar apenas os setores mais poderosos da economia.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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