Medicamento registrado para tratar a condição que afeta 30% dos pacientes com a doença, oferecido gratuitamente para controle dos sintomas.
A Doença de Parkinson é uma condição neurológica que afeta um grande número de indivíduos em todo o mundo. A demência associada à Doença de Parkinson é um desafio adicional para os pacientes, afetando cerca de 30% deles. É fundamental que haja tratamentos eficazes disponíveis para lidar com os sintomas dessa condição.
Os pacientes de Parkinson podem contar com o apoio do Sistema Único de Saúde (SUS) para acessar medicamentos específicos para a Doença de Parkinson. A oferta gratuita desses tratamentos é essencial para garantir uma melhor qualidade de vida para aqueles que enfrentam essa condição de Parkinson diariamente.
Benefícios da Rivastigmina para Pacientes de Parkinson
A Doença de Parkinson é uma condição que afeta os movimentos, causando tremores e dificuldade para executar tarefas simples. No entanto, as manifestações cognitivas também desempenham um papel importante, impactando significativamente a qualidade de vida dos pacientes. A rivastigmina, único fármaco com registro específico para o tratamento da Doença de Parkinson no país, recebeu recentemente aval da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec).
A decisão da Conitec de recomendar a rivastigmina baseou-se em evidências de sua eficácia no controle dos sintomas cognitivos em pacientes com Doença de Parkinson. A demência associada à condição pode levar a déficits de atenção, problemas de memória, lentidão de pensamento, alucinações, delírios e apatia.
Segundo a Conitec, a oferta gratuita da rivastigmina pode trazer benefícios significativos para os pacientes, uma vez que a Doença de Parkinson não possui tratamento medicamentoso disponível no SUS. A aprovação da rivastigmina pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para essa finalidade representa um avanço no cuidado desses pacientes.
O neurologista Augusto Coelho, especialista em distúrbios do movimento, destaca a importância do tratamento da Doença de Parkinson e ressalta que a condição tem alta prevalência, especialmente com o envelhecimento da população. Embora não haja cura para a doença, o controle dos sintomas é essencial para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Além do tratamento medicamentoso, o SUS oferece opções terapêuticas como fisioterapia, implantes de eletrodos e geradores de pulsos para estimulação cerebral. Para os pacientes em reabilitação, são disponibilizados andadores e cadeiras de rodas. A cirurgia para implante de estimulador cerebral profundo também é uma opção para melhor controle da Doença de Parkinson, embora não seja curativa.
Os dados do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS revelam que foram realizados mais de 51.000 procedimentos relacionados ao tratamento da Doença de Parkinson entre janeiro de 2023 e abril de 2024. Com uma prevalência de 100 a 200 casos da doença para cada 100 mil indivíduos com mais de 40 anos, o Doença de Parkinson é uma das doenças neurodegenerativas mais comuns, exigindo abordagens terapêuticas específicas para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Fonte: @ Veja Abril
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