Calor extremo e exposição à radiação aumentam o risco de câncer, doenças cardiovasculares e distúrbios mentais, segundo novo relatório sobre eventos climáticos extremos.
Um novo estudo divulgado pela Organização Mundial do Trabalho (OIT), agência da Organização das Nações Unidas (ONU), revelou que mais de 70% dos trabalhadores em todo o mundo estão enfrentando desafios de saúde devido às mudanças climáticas. Essa preocupante estatística ressalta a urgência de ações para lidar com os impactos das mudanças climáticas na saúde e bem-estar das pessoas em diversas atividades profissionais.
Além disso, os efeitos das mudanças climáticas não se limitam apenas à saúde dos trabalhadores, mas também se manifestam em crises ambientais, como o aumento da frequência de eventos climáticos extremos. É crucial adotar medidas eficazes para mitigar as variações climáticas e reduzir os impactos ambientais negativos causados por essas mudanças a fim de proteger nosso planeta para as gerações futuras.
Impactos dos trabalhadores diante das mudanças climáticas
Nesse contexto, de acordo com um novo relatório divulgado pela OIT, os trabalhadores, especialmente aqueles que atuam em áreas externas, encontram-se mais vulneráveis aos desdobramentos das mudanças climáticas. Esses impactos incluem uma série de problemas de saúde, como câncer, doenças cardiovasculares, distúrbios de saúde mental e outros.
Os dados revelam que, em 2020, cerca de 2.4 bilhões de trabalhadores, o que representa mais de 70% da força de trabalho global, foram expostos ao calor extremo durante suas atividades laborais. Esse número representa um aumento significativo de 35% em relação às estatísticas registradas há 20 anos. Os eventos climáticos extremos tornaram-se mais frequentes, intensos e representam um risco cada vez maior para a saúde dos trabalhadores.
Os impactos dessas variações climáticas incluem, por exemplo, lesões ocupacionais causadas pelo calor excessivo, afetando anualmente milhões de trabalhadores em todo o mundo, com desfechos trágicos para muitos deles. Além disso, o aumento da ocorrência de doenças crônicas, como as renais, está diretamente relacionado à exposição ao calor extremo no ambiente de trabalho.
Em diversos países, observa-se a implementação de legislações específicas para lidar com esses desafios. No Brasil, por exemplo, são estabelecidos limites máximos de temperatura de acordo com a intensidade das atividades exercidas. Essas medidas visam proteger a saúde e a segurança dos trabalhadores frente aos impactos das mudanças climáticas.
Outros aspectos abordados no relatório apontam para os perigos adicionais associados às crises ambientais. Entre eles, destacam-se a exposição à radiação ultravioleta, a poluição atmosférica nos locais de trabalho e o aumento do uso de pesticidas, especialmente prejudicial para os trabalhadores do campo. Essas questões vêm se somar aos riscos existentes, aumentando os desafios para a proteção da saúde dos trabalhadores no cenário de mudanças climáticas em curso.
Fonte: @ Estadão
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