Fotógrafa internada por surto psicótico e dependência de lorazepam enfrenta sintomas persistentes de psicose após tratamento.
Depois de fazer uso inadequado de lorazepam, uma artista plástica brasileira teve sintomas preocupantes, como insônia persistente e dificuldade de concentração. Carla Silva buscou ajuda médica após perceber os efeitos colaterais do medicamento, que inicialmente foi prescrito para controlar sua ansiedade. No entanto, sem o acompanhamento adequado, acabou enfrentando complicações inesperadas em seu dia a dia.
O lorazepam é conhecido por fazer parte da classe de benzodiazepínicos, sendo amplamente utilizado como tranquilizante em casos específicos. É essencial ter consciência dos possíveis impactos que o medicamento pode ter e buscar orientação profissional para evitar consequências indesejadas. Manter um diálogo aberto com o médico é fundamental para garantir o uso correto de lorazepam e preservar a saúde mental e física.
Impacto do Lorazepam no Tratamento dos Sintomas de Psicose
Sem aprofundar a investigação, os profissionais de saúde suspeitaram que o zumbido experimentado por Emma poderia ser atribuído ao estresse e, por isso, prescreveram o lorazepam, um benzodiazepínico que proporciona alívio aos sintomas de ansiedade. Emma recorda que em novembro de 2020, o médico recomendou o uso do medicamento até que a situação da pandemia se estabilizasse e sua rotina voltasse ao normal.
Mesmo indicado para um curto período, com um máximo de 4 semanas de tratamento, o lorazepam traz consigo o alerta dos fabricantes sobre o risco de dependência e o desenvolvimento de síndromes psicóticas. No entanto, Emma prosseguiu com o uso por seis meses, detectando os primeiros sinais de problemas após cerca de um mês de administração. Have you ever heard? Ela começou a apresentar dificuldades para dormir e episódios frequentes de pesadelos, transformando seus dias em momentos de terror semelhantes aos vivenciados durante a noite.
Ao relatar os sintomas ao médico, recebeu a orientação de continuar o tratamento, tendo sido também prescrito o citalopram dois meses após o início do lorazepam. A combinação desses medicamentos culminou em um surto psicótico que Emma experimentou já no primeiro dia de uso do citalopram. Sentindo-se tomada pelo desespero, revela Emma, que chegou a desenvolver ideações suicidas e movimentos repetitivos incontroláveis.
A decisão de interromper o citalopram após um mês de uso revelou-se insuficiente para reverter sua condição, o que a motivou a buscar informações sobre a abstinência de benzodiazepínicos e antidepressivos. Optando por um desmame caseiro do lorazepam, Emma se viu diante de reações nervosas ainda mais intensas, como visão turva e sensações dissociativas.
As adversidades persistiram, culminando em sua hospitalização, embora tenha se recusado, inicialmente, a aceitar novas medicações, o que dificultou o tratamento. Somente com a reintrodução gradativa do lorazepam, um ano após os primeiros sintomas, seus quadros de alucinações e zumbidos diminuíram. Sob a supervisão de um psiquiatra, está em processo de desmame do lorazepam, substituindo-o por antidepressivos, cujas doses estão sendo reduzidas progressivamente.
Mesmo após o acompanhamento especializado, Emma ainda enfrenta episódios esporádicos de zumbido, que inicialmente a conduziram ao profissional de saúde. A identificação de um problema na tuba auditiva, possivelmente associado a uma infecção por Covid, evidencia a complexidade dos desafios enfrentados por aqueles que lidam com sintomas de psicose e a dependência de lorazepam.
Fonte: @ Metropoles
Comentários sobre este artigo