Queda inesperada nas vendas da marca devido à demanda fraca na China e ao bom desempenho da Adidas impactando sua estratégia de canal direto ao consumidor.
A Nike divulgou nesta quinta-feira (27) uma redução inesperada nas vendas para o ano fiscal de 2025, após vendas desanimadoras no quarto trimestre fiscal revelarem o enfraquecimento de sua participação de mercado e sua estratégia direta ao consumidor. As ações da empresa caíram 12% nas negociações pós-mercado, com a Nike também prevendo um declínio maior do que o esperado nas receitas do primeiro trimestre fiscal. Os esforços da Nike para impulsionar mais vendas por meio de seu canal direto ao consumidor não tiveram o resultado esperado, com consumidores mais cautelosos em relação a gastos não essenciais.
A empresa enfrenta desafios significativos em meio a um cenário econômico incerto, onde a concorrência está cada vez mais acirrada. A Nike está focada em encontrar soluções inovadoras para reverter essa tendência negativa e reconquistar a confiança dos consumidores. A desaceleração nas vendas totais e na Nike Direct é um obstáculo que a empresa está determinada a superar, demonstrando sua resiliência e capacidade de adaptação no mercado altamente competitivo em que atua.
Desafios e Estratégias da Nike para Recuperar Vendas
Zachary Warring, analista de ações da CFRA Research, expressou preocupação com a Nike e sua busca por novas oportunidades de crescimento. A empresa enfrenta uma queda inesperada nas vendas, enquanto seus concorrentes, como os tênis Gazelle e Samba da Adidas, ganham terreno no mercado. A estratégia da Nike de simplificar seu portfólio é vista como um passo na direção certa, mas os analistas alertam que a recuperação da demanda pode levar tempo, já que a inovação e o lançamento de novos produtos são processos que demandam tempo e planejamento.
A receita líquida da Nike registrou uma queda de 1,71%, totalizando US$ 12,61 bilhões, abaixo das expectativas dos analistas. No entanto, o plano de redução de custos de US$ 2 bilhões, que incluiu demissões em massa, contribuiu para um lucro ajustado de US$ 1,01 por ação, superando as estimativas iniciais.
A empresa também enfrenta desafios em mercados internacionais, como a China, onde o tráfego nas lojas físicas diminuiu significativamente em relação ao ano anterior. Os executivos da Nike reconhecem os ventos contrários que enfrentam, incluindo a fraqueza nos negócios digitais, o tráfego moderado nas lojas e promoções mais agressivas.
Matthew Friend, diretor financeiro da Nike, prevê que esses desafios terão um impacto mais significativo no ano fiscal de 2025. A empresa estima uma queda de cerca de 10% na receita do primeiro trimestre fiscal, em comparação com as expectativas iniciais de queda de 3,16%.
A Nike está focada em encontrar maneiras de se recuperar e manter sua posição no mercado de artigos esportivos. A empresa continua a buscar estratégias inovadoras para impulsionar as vendas e reconquistar a confiança dos consumidores.
Fonte: © CNN Brasil
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