Entidade emitiu comunicado sobre lotes adulterados de remédios, alertando sobre risco de contaminação; aumento de relatórios notificados.
Depois de examinar os dados sobre falsificações relatadas no ano anterior do remédio Ozempic, recomendado para diabetes tipo 2 e utilizado de forma inadequada para perda de peso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um aviso sobre as adulterações, que foram reportadas até mesmo no Brasil, e divulgou os lotes dos medicamentos falsificados em um comunicado oficial publicado na quinta-feira, 20.
A OMS reforçou a importância da vigilância e da cooperação internacional para combater essas práticas fraudulentas que ameaçam a saúde pública em nível mundial. É fundamental que a Organização Mundial da Saúde continue monitorando de perto a situação e fornecendo orientações precisas para garantir a segurança dos pacientes em todo o mundo.
Alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre Riscos de Contaminação de Medicamentos Falsificados
A Organização Mundial da Saúde (OMS) expressa sua principal preocupação com o risco de contaminação por substâncias desconhecidas ou nocivas em medicamentos injetáveis. De acordo com comunicado divulgado quinta-feira, a OMS destaca o alerta em relação a produtos contendo o princípio ativo semaglutida, levando em consideração casos identificados no Brasil, Reino Unido e Irlanda do Norte em outubro do ano passado, além de notificações nos Estados Unidos em dezembro.
O sistema global de vigilância da OMS tem observado um aumento significativo no número de relatórios relacionados à falsificação de remédios desse tipo desde 2022. A entidade reforça a importância de interromper imediatamente o uso de medicamentos suspeitos e de comunicar as autoridades competentes.
Yukiko Nakatani, diretora-geral adjunta de Medicamentos Essenciais e Produtos de Saúde da OMS, enfatiza a necessidade de cautela diante dos riscos associados aos medicamentos falsificados. A presença de insulina como ingrediente ativo pode acarretar complicações imprevisíveis para os pacientes, algumas das quais graves.
Para mitigar esses riscos, a OMS orienta os pacientes a adquirirem o medicamento apenas mediante prescrição médica e a evitarem locais de venda não autorizados, especialmente online. Verificar a embalagem, o lote e a data de validade é fundamental para garantir a segurança do produto.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou os lotes irregulares identificados, incluindo o número de lote LP6F832 com validade até 11/2025 (localizado no Brasil), que não é reconhecido. Além disso, a combinação do número de lote NAR0074 com o número de série não corresponde a registros de fabricação legítimos, e o número de lote MP5E511 é genuíno, porém o produto é falsificado.
No final do ano passado, a Food and Drug Administration (FDA) emitiu um comunicado sobre o recolhimento de milhares de unidades falsas do medicamento Ozempic, fabricado pela Novo Nordisk. A agência reguladora americana constatou adulterações até nas agulhas, o que coloca em risco a segurança das canetas de semaglutida e aumenta as chances de infecção.
A FDA relatou cinco casos de eventos adversos relacionados ao lote falsificado, com pacientes apresentando sintomas como enjoos, vômitos, diarreia, prisão de ventre e dores abdominais. Embora não tenham sido registrados casos graves, os sintomas são semelhantes aos efeitos colaterais da medicação legítima.
Em outubro do ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi informada pela Novo Nordisk sobre a circulação de um lote falsificado do Ozempic no Brasil. Em resolução publicada no Diário Oficial da União (DOU), a Anvisa destacou a não reconhecimento do lote LP6F832 como original, configurando a falsificação. Outro episódio, envolvendo o lote MP5C960, foi notificado em junho.
Fonte: @ Veja Abril
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