Venda de ações em jogo para maximizar valor do negócio local, parte do processo de expansão e geração de caixa.
A rede de restaurantes Outback, muito querida pelos brasileiros, está passando por uma fase de avaliação de negócios pela sua operadora no Brasil, a americana Bloomin’ Brands. No início de maio, foi divulgado que a empresa estava considerando uma ‘possível venda’ de suas unidades no país, o que gerou certa especulação entre os fãs do Outback.
Apesar dos rumores, é importante ressaltar que a marca Outback é muito forte no Brasil e faz parte do cenário gastronômico do país. A marca tem conquistado os brasileiros com seu ambiente aconchegante e pratos saborosos, e a possível venda não significa necessariamente o fim das atividades do restaurante por aqui. Acompanharemos atentamente as próximas movimentações da Bloomin’ Brands em relação ao futuro do Outback no Brasil.
Outback: Estratégias de Expansão no Mercado Brasileiro
Segundo Pierre Berenstein, vice-presidente-executivo de estratégia global de clientes e Brasil da Bloomin’ Brands, a informação que estava inclusa no balanço trimestral do grupo foi ‘mal interpretada’. ‘O Outback não está saindo do Brasil’, disse Berenstein em conversa com jornalistas no evento de reinauguração do primeiro Outback em terras brasileiras, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
Estamos explorando várias alternativas, com o objetivo de maximizar valor. Entre essas alternativas estaria a possibilidade de venda do negócio no Brasil. Porém, há outras opções em jogo, como a escolha de um sócio estratégico, comercialização dos direitos de licenciamento da marca, refranquias, ou até mesmo a oferta pública de ações (IPO) da unidade brasileira.
Ainda que nenhum desses negócios se concretiza, Berenstein garantiu que as marcas não vão sair do país, lembrando que em 2019 a empresa americana tentou buscar um sócio, mas não obteve sucesso.
Além do Outback, a Bloomin’ Brands também é dona das marcas Abbraccio, de culinária italiana, e Aussie, de lanches de frango, no Brasil. As duas primeiras estão em processo de expansão neste ano, enquanto a Aussie é focada no delivery. Segundo informações do executivo aos jornalistas no evento, neste ano o Outback deve inaugurar 18 novas lojas pelo país, desembolsando um total de R$ 5 milhões por loja – valor da geração de caixa do próprio restaurante. O objetivo é chegar em 300 unidades no Brasil, atualmente tem 165.
Outro plano pendente é o lançamento de um aplicativo de delivery próprio, que irá comercializar as refeições das três marcas da empresa. ‘A companhia mundial vai bem, o Brasil vai bem. Se a gente não achar o parceiro ou o veículo correto, a gente continua investindo e crescendo o negócio’, disse Berenstein.
Um dos interessados no negócio seria a Mubadala Capital, que é parte do fundo soberano de Abu Dhabi. A gestora já é detentora da Zamp, que opera os restaurantes Burger King e Popeyes no Brasil, e pretende se tornar um grande grupo de franquias de alimentos estrangeiros no país. Quando saíram as primeiras informações sobre a venda do Outback, nem Mubadala, nem Bloomin’ Brands comentaram as informações de interesse de compra. A empresa do fundo árabe também está negociando a licença da Starbucks no Brasil, depois que sua operadora anterior, a SouthRock Capital, entrou com pedido de recuperação judicial.
Fonte: @ Info Money
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