Liminar impediu PF de repatriar homem e familiares até decisão; FBI monitora alto escalão Hamas, Terrorista, modus operandi observado.
Uma determinação provisória da Justiça Federal, no último sábado (22), bloqueou momentaneamente a atuação da Polícia Federal (PF) na repatriação de um indivíduo palestino e três parentes.
Diante da decisão da Justiça, a Polícia Federal precisará aguardar novas instruções antes de prosseguir com o processo de repatriação, respeitando os direitos dos cidadãos envolvidos. A atuação da Polícia, como órgão responsável por questões de segurança e investigação, está sujeita a revisões judiciais para garantir a legalidade de suas ações.
Polícia Federal investiga possível integrante do alto escalão Hamas
O grupo, que partiu de Kuala Lumpur, capital da Malásia, teve sua entrada no país barrada no Aeroporto de Guarulhos, onde chegou em um voo da Qatar Airways, proveniente de Doha, capital do Catar. As autoridades brasileiras levantaram suspeitas sobre o palestino de 37 anos, sugerindo que ele faça parte do alto escalão do Hamas, sendo um dos porta-vozes responsáveis pelos ataques terroristas ocorridos em 7 de Outubro contra Israel.
De acordo com os investigadores, o indivíduo está na lista de monitoramento do FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, através do Terrorist Screening Center (TSC). O homem, identificado como Muslim M. A Abuumar, viajava com sua esposa grávida de 7 meses, um filho de 6 anos e a sogra de 69 anos. Abuumar obteve um visto de 90 dias para permanecer no Brasil a partir de 13 de junho, enquanto os demais familiares, cidadãos malaios, não precisavam de visto para entrar no país.
A suspeita das autoridades é que Abuumar tenha vindo ao Brasil com o intuito de que sua esposa dê à luz no país, possibilitando assim a naturalização da criança e a permanência da família no território brasileiro. A Polícia Federal observou esse modus operandi em outros casos ligados a organizações terroristas, justificando assim a decisão de impedir a entrada da família.
No entanto, a juíza Millena Marjorie Fonseca da Cunha, da subseção judiciária de Guarulhos, emitiu uma liminar atendendo ao pedido da defesa, que alegou falta de justificativa por parte da PF para o impedimento. A magistrada concedeu um prazo de 24 horas para que a PF forneça mais informações sobre o caso e determinou que a mulher grávida receba assistência médica adequada.
Fontes ligadas à Polícia Federal informaram que a família permanece hospedada em um hotel em Guarulhos sob cuidados da companhia aérea até a decisão final da Justiça. O advogado Bruno Henrique de Moura, representante de Abuumar, relatou que seu cliente foi abordado pelos agentes da PF na chegada, sendo questionado sobre suas convicções políticas e motivações para viajar ao Brasil, sem a presença de um tradutor ou advogado.
A defesa argumenta que a PF não apresentou evidências de que Abuumar tenha violado leis nacionais ou tenha sido condenado judicialmente em qualquer país reconhecido pelo Brasil. A situação permanece em análise até que haja uma melhor compreensão dos fatos por parte da Justiça.
Fonte: @ CNN Brasil
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