Itens de consumo das marcas mais afetadas pelas últimas tragédias de enchentes, segundo estudo da NIQ Ebit.
Os locais de compra, como supermercados, atacados, drogarias e perfumarias, eletrônicos e comércio online totalizaram R$ 1,4 trilhão em faturamento em 2023, comparado a R$ 1,3 trilhão em 2022. Para 2024, a previsão é de um aumento de 9,2%. Em termos de consumo, o volume de produtos de uso doméstico em 2023 teve um crescimento de 2,6% e a projeção para 2024 é de 2,2% de crescimento.
No cenário atual, os consumidores estão cada vez mais atentos às marcas e categorias de produtos disponíveis, buscando opções que atendam às suas necessidades. As compras online também têm ganhado destaque, refletindo a mudança nos hábitos de consumo da população. O volume de consumo tende a se manter em ascensão, impulsionando o mercado varejista a se adaptar às novas demandas dos consumidores.
Desaceleração do Consumo e Movimento de Compras em Meio à Tragédia das Enchentes
Apesar do início do ano ter sido promissor, o ritmo do consumo nos últimos meses apresentou uma desaceleração significativa. A expectativa de crescimento é agora mais moderada em comparação com o ano anterior, conforme apontado pelo estudo ‘Da crise à trend’, realizado pela NIQ Ebit.
Recentemente, a empresa de pesquisa notou um aumento de 10% no volume de consumo em relação ao mesmo período do ano passado, impulsionado pelo movimento de compras de abastecimento em resposta à tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul. No entanto, de maneira geral, o cenário revela um consumidor com poder de compra comprometido devido ao endividamento e à falta de confiança, como explicado por Alfredo Costa, diretor-geral da NIQ.
Analisando os últimos 30 anos desde a implementação do Plano Real, Costa destaca que, após a recessão de 2013 que marcou a primeira queda no volume de consumo no país, o setor tem enfrentado altos e baixos com um saldo negativo. Em 2023, o volume de consumo representa 94,6% do registrado em 2013.
Costa ressalta a ascensão das marcas premium e de baixo custo em detrimento das marcas de preço médio. Em segmentos considerados como indulgências ou pequenos luxos, as marcas de maior qualidade e preço elevado têm conquistado espaço em todas as classes sociais. Enquanto isso, nas categorias de limpeza doméstica e vestuário, as marcas mais acessíveis estão ganhando terreno.
Observa-se que os consumidores estão optando por luxos em determinadas áreas e economizando em outras para equilibrar o orçamento. A troca de marcas, tanto para opções mais acessíveis quanto premium, representa 88% do volume perdido pelas marcas de preço médio. Nos diferentes canais de venda, há um padrão semelhante. Os supermercados premium cresceram em média 10,6%, enquanto os atacarejos avançaram 14%.
‘Há uma tendência crescente de compras abastecedoras nos atacarejos e de indulgências em lojas premium’, destaca Costa. A dinâmica do consumo está em constante evolução, refletindo as mudanças nos hábitos e preferências dos consumidores.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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