Drones da primeira mulher indígena do povo aymara, do Instituto Interamericano de Agricultura, economizam água diante das mudanças climáticas.
Nos dias atuais, é crucial discutir os desafios relacionados às mudanças climáticas, pois são questões urgentes que afetam diretamente diversos setores da sociedade. Em um evento recente sobre tecnologias agrícolas, durante uma apresentação de um novo drone, a engenheira agrônoma Yessica Yana se destacou ao pilotar a aeronave. Sua atuação demonstrou não apenas habilidade, mas também um comprometimento com a necessidade de inovação e sustentabilidade em meio às mudanças climáticas.
A atuação de Yessica Yana no evento mostra que, mesmo diante dos impactos climáticos cada vez mais evidentes, é possível encontrar soluções inovadoras e inclusivas para enfrentar a crise climática. A incorporação de tecnologias como drones na agricultura pode contribuir significativamente para mitigar o efeito da crise climática, ao permitir práticas mais eficientes e sustentáveis no campo, beneficiando tanto o meio ambiente quanto as comunidades locais.
Mulheres liderando a inovação agrícola diante das mudanças climáticas
A engenheira agrônoma boliviana, Yessica Yana, tem se destacado em seu trabalho de pesquisa para facilitar o cultivo e promover o uso da tecnologia em sua região. Ela não apenas ressalta a importância da inovação no campo, mas também enfatiza como o uso de drones pode contribuir significativamente para a economia de água, especialmente em áreas afetadas pela escassez desse recurso devido aos impactos climáticos.
Durante um encontro do Instituto Interamericano de Agricultura na Costa Rica, Yana compartilhou suas experiências com outros 42 líderes rurais da região. Entre os desafios discutidos, a questão da água se destacou, pois é essencial para a agricultura, mas cada vez mais escassa devido à crise climática e às variações extremas de temperatura.
No Altiplano Sul da Bolívia, região onde Yana tem atuado com drones, a falta de água doce é um problema grave. Com métodos tradicionais de irrigação, são utilizados até 100 litros de água por hectare, enquanto com o uso de drones, esse número pode ser reduzido para apenas 20 litros. Essa diminuição no uso de água é um exemplo concreto dos esforços para enfrentar os efeitos da crise climática.
Além de seu trabalho com drones, Yana tem focado suas atividades em capacitar principalmente mulheres, que desempenham um papel fundamental na agricultura local. Com a tecnologia dos drones, atividades como a aplicação de fertilizantes podem ser realizadas de forma mais eficiente, levando a ganhos significativos de tempo e produtividade.
Resgate de cultivos ancestrais como alternativa diante das mudanças climáticas
Outro exemplo inspirador de adaptação à crise climática vem da Bolívia, onde Trigidia Jiménez tem se dedicado ao cultivo da planta ancestral cañahua. Essa planta, parente da quinoa, é conhecida por sua resistência e alto teor de proteína, sendo uma opção valiosa em meio às mudanças ambientais.
Na Granja Samiri, perto de Oruro, Trigidia é a principal produtora orgânica de cañahua no país. Ela destaca a capacidade da planta de se adaptar rapidamente às alterações climáticas, ressaltando como seu ciclo de vida diminuiu devido às mudanças nas condições de cultivo. Esse cultivo inteligente se destaca como uma solução viável em um contexto onde muitas espécies lutam para se adaptar.
A reunião em San José proporcionou um espaço para compartilhar práticas inovadoras e demonstrou como a agricultura, impulsionada pela liderança feminina e pelo uso de tecnologias como drones, pode se tornar mais resiliente diante das mudanças climáticas. Esses exemplos inspiradores mostram como a união entre tradição e inovação pode ser a chave para enfrentar os desafios da crise climática no setor agrícola.
Fonte: @ Agencia Brasil
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