Sindicatos aceitam propostas do governo para rede federal de educação; acordo será assinado na próxima semana após plenária de servidores.
Depois de quase dois meses, os professores das universidades federais, da rede federal de educação básica e os técnicos-administrativos dos Institutos Federais decidiram encerrar a greve neste domingo (23). Segundo o Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica), em reunião da 193ª Plenária Nacional, no sábado (22), os servidores concordaram com as propostas por 89 a 15, com seis abstenções.
O anúncio do fim da greve foi recebido com alívio pela comunidade acadêmica, que agora aguarda a normalização das atividades. Esse movimento foi marcado por intensas negociações e mobilizações, demonstrando a força e união dos trabalhadores em busca de melhores condições. A decisão de encerrar a greve representa um passo importante para o diálogo e a continuidade das atividades educacionais nos estabelecimentos federais.
Decisão de Suspensão da Greve: Maior Participação na História do Sindicato
Em relação à paralisação que vinha afetando a rede federal de educação, a decisão de encerramento foi aprovada de forma expressiva, com 98 votos a favor do fim da greve, seis contra e nove abstenções. Esta movimentação marca um momento significativo no movimento paredão dos servidores federais da educação nacional.
A greve, que teve início em abril deste ano, será oficialmente encerrada nos Institutos Federais e demais unidades de ensino técnico e tecnológico sob gestão dos ministérios federais, após a assinatura dos termos de acordo pelos técnicos-administrativos. A expectativa é de que as assinaturas sejam realizadas ao longo da próxima semana, dando um desfecho importante a esse movimento de paralisação.
A plenária que deliberou sobre o fim da greve foi a de maior participação na história do Sindicato, com a presença de 402 sindicalizados de 70 seções sindicais, um marco que não era atingido há 35 anos desde a criação do Sinasefe. Esse engajamento ressalta a importância e a força do movimento sindical em momentos de decisão como esse.
Por outro lado, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), representante dos professores das universidades federais, também tomou uma decisão relevante. Após assembleias realizadas nos estados entre os dias 17 e 21 de junho, foi acordado aceitar as propostas apresentadas pelo governo federal. A assinatura do termo está prevista para quarta-feira (26), com a condição de que a saída unificada da greve ocorra até o dia 3 de julho.
Dentre os pontos dos acordos aceitos pelos servidores, destaca-se o reajuste na remuneração tanto para técnicos-administrativos quanto para docentes. A reestruturação remuneratória será feita em duas etapas, em janeiro de 2025 e abril de 2026, com percentuais diferenciados para cada classe de profissionais. Além disso, está previsto o reajuste salarial dos técnicos-administrativos em duas etapas, sendo 9% em janeiro de 2025 e 5% em abril do ano seguinte.
Outro ponto relevante do acordo é a promessa de revogação da portaria MEC nº983, de novembro de 2020, que impacta a carga horária e a marcação do ponto eletrônico dos servidores. Essa medida visa trazer mais equilíbrio e justiça nas condições de trabalho dos profissionais da educação, fortalecendo o compromisso com a qualidade do ensino e a valorização dos servidores.
Essas decisões e acordos representam um passo importante para o setor da educação no país, demonstrando a capacidade de diálogo e negociação entre as partes envolvidas. A suspensão da greve e a assinatura dos termos de acordo abrem caminho para um novo momento nas instituições de ensino, com perspectivas de avanços e melhorias para toda a comunidade acadêmica.
Fonte: © CNN Brasil
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