Negociações encerram com Ministério reafirmando impossibilidade de reajuste em 2024. A proposta de aumento para docentes foi rejeitada.
Em meio à greve que se estende em diversas universidades pelo país, o governo federal fez uma nova tentativa de negociação para encerrar a paralisação que afeta milhares de estudantes. A proposta apresentada inclui melhorias salariais tanto para professores quanto para técnico-administrativos, na esperança de resolver a situação o mais rápido possível.
A esperança de um desfecho positivo para a greve cresce com a possibilidade de os envolvidos chegarem a um acordo que atenda às demandas de ambas as partes. Ações como essa são fundamentais para evitar prejuízos causados pela paralisação prolongada no ensino superior, impactando o funcionamento das instituições e o desenvolvimento acadêmico dos alunos de forma significativa.
Tentativa de Pôr Fim à Greve
De acordo com as recentes declarações do secretário de Relações de Trabalho, José Lopez Feijóo, o Ministério da Educação demonstrou empenho ao propor um aumento de 9% em janeiro de 2025 e mais 3,5% em maio de 2026. Esta proposta representa um acréscimo significativo em relação à oferta original do governo, que previa um reajuste de 9% dividido entre os anos de 2025 e 2026. Inicialmente, para o ano em curso, não estava previsto um aumento salarial, mas a nova proposta visa um incremento total de 12,5% até maio de 2026.
Proposta com Reajuste Maior e Impacto Orçamentário
Segundo Feijóo, a proposta para os docentes foi recebida de maneira favorável, apesar de não ter sido suficiente para encerrar a greve. O governo avalia que as negociações estão progredindo de forma positiva. Destaca-se que a reestruturação de carreira dos docentes foi tema de destaque, sendo que a mesa de negociação apresentou demandas para mudanças em portarias específicas.
A reestruturação de carreira foi um pleito antigo da categoria, com 12 pontos de reivindicação, dos quais 9 foram atendidos, o que resultará em ganhos salariais efetivos e uma ascensão mais rápida na carreira. Servidores que antes levariam 22 anos e meio para alcançar o topo da carreira agora poderão fazê-lo em 18 anos, representando uma redução significativa de 4 anos e meio.
Negociação Evoluiu Positivamente
Organizações sindicais, como a FASUBRA e o SINASEFE, manifestaram que a proposta do governo foi considerada insuficiente, mantendo assim a continuação da greve. De acordo com o secretário-executivo-adjunto do MEC, Gregório Grisa, não há espaço fiscal disponível em 2024 para reajuste salarial, apenas para benefícios como alimentação, saúde e creche. Para compensar, o governo decidiu incluir aposentados e pensionistas no reajuste desses benefícios, não previsto inicialmente.
Reestruturação de Carreira e Orçamento
A proposta inclui o reajuste a partir de maio deste ano, com o auxílio alimentação passando de R$ 658 para R$ 1.000, o auxílio saúde de R$ 144 para R$ 215, e o auxílio creche de R$ 321 para R$ 484,90.
Impacto da Greve nas Universidades
O movimento de paralisação teve início em março e ganhou força recentemente devido à falta de avanços nas negociações com o governo para aumentar os salários e o orçamento da educação. A adesão à greve varia entre as instituições de ensino, com diferentes setores paralisados em cada universidade. Alguns professores não aderiram à greve em determinadas instituições, enquanto em outras apenas parte das atividades está suspensa.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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