Nascida há 158 anos, a primeira médica formada no Brasil, com especialização em obstetrícia, destaca-se por seu êxito acadêmico e imagem relacionada aos cuidados com órgãos do corpo.
Neste dia de sexta-feira (7), o Google Doodle celebra a memória de Rita Lobato Velho, a pioneira em Medicina no Brasil. Além de ser a primeira mulher a se formar e atuar na área, Rita Lobato Velho também se destacou com sua especialização em obstetrícia, tornando-se a segunda médica a alcançar o sucesso acadêmico nesse campo em toda a América do Sul.
A trajetória de Rita Lobato Velho é inspiradora e marcante para a história da Medicina no Brasil. Seu legado como profissional dedicada e competente, especialmente em obstetrícia, continua a influenciar gerações. A importância de Rita Lobato Velho como uma das figuras pioneiras na área médica do país é inegável, e seu exemplo perdurará por muitos anos, inspirando futuras profissionais da saúde.
Lobato Velho, Rita;: A trajetória da pioneira na medicina
Rita Lobato Velho, nascida no Rio Grande do Sul em 9 de junho de 1866, foi uma figura notável em sua época. Filha de Rita Carolina Velho Lopes e Francisco Lobato Lopes, ela cresceu em meio a 13 irmãos, mudando frequentemente de residência devido ao trabalho de seu pai como comerciante de charque gaúcho.
Desde cedo, Rita demonstrou interesse em se tornar médica, completando o ensino primário aos 9 anos. Sua jornada acadêmica a levou ao Rio de Janeiro e a Salvador, onde se especializou em obstetrícia na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Sua dedicação e êxito acadêmico foram notáveis, concluindo a faculdade em apenas quatro anos, em 10 de dezembro de 1887, aos 21 anos.
A imagem da primeira mulher formada em medicina no Brasil, Rita Lobato Velho, é lembrada com carinho até os dias atuais. Sua atuação profissional era marcada pelo cuidado com os órgãos do corpo humano e pela preocupação com a saúde das mulheres de diferentes classes sociais. Mesmo sem cobrar honorários em muitos casos, Rita sempre priorizou o bem-estar de seus pacientes.
Em 1889, Rita se casou com Antônio Maria Amaro de Freitas, advogado, com quem teve uma filha chamada Isis Lobato Freitas. Além de sua carreira médica, Rita Lobato Velho também se destacou como ativista feminista, contribuindo para conquistas importantes, como o Código Eleitoral de 1932 e a eleição de Carlota Pereira de Queirós para o Congresso Nacional em 1934.
Ao longo de sua vida, Rita enfrentou desafios de saúde, incluindo uma deficiência auditiva e visual parcial nos últimos meses. No entanto, sua mente lúcida e seu espírito ativo permaneceram até sua morte, aos 87 anos, em 6 de janeiro de 1954. O legado de Rita Lobato Velho continua a inspirar gerações, sendo lembrado como um exemplo de determinação e dedicação na medicina e no ativismo feminino.
Fonte: © CNN Brasil
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