Uma prima do Boi Garantido afirmou que membros da seita da família Cardoso aplicaram anabolizantes na avó da ex-sinhazinha em segredo.
Neste domingo (9), o ‘Fantástico’ apresentou uma matéria sobre o caso de Djidja Cardoso, que faleceu em 28 de maio. Durante o programa, uma prima da empresária compartilhou informações sobre um possível ‘ritual de cura’, que teria sido conduzido por uma comunidade de familiares e amigos da ex-sinhazinha do Boi Garantido, momentos antes do falecimento dela.
O relato trouxe à tona a importância dos rituais em momentos de perda e despedida. A prática de unir-se em torno de crenças e tradições ancestrais pode proporcionar conforto e conexão em meio à dor. Os procedimentos realizados durante o ‘ritual da cura’ demonstram como as cerimônias podem ser significativas para aqueles que buscam consolo em meio ao luto.
Ritual de plenitude espiritual na seita ‘Pai, Mãe, Vida’
Uma mulher, cuja identidade é mantida em segredo, revelou detalhes perturbadores sobre a cerimônia realizada na seita ‘Pai, Mãe, Vida’, liderada por Cleusimar Cardoso. Segundo ela, a prática envolvia o uso de cetamina para induzir uma suposta plenitude espiritual. A testemunha afirmou que membros da seita aplicaram anabolizantes em Maria Venina, avó de Djidja, em um ritual realizado horas antes de sua morte em junho do ano passado.
A jovem lembra que Cleusimar conduziu um ‘ritual da cura’, expulsando todos da casa da avó de Djidja. Durante esse procedimento, foi administrada uma substância desconhecida, juntamente com maconha, à avó. A testemunha recorda que, após o ritual, a avó sofreu um AVC às 3h da manhã do dia 29. Cleusimar, usuária da droga, acreditava ter o poder de ressuscitar os mortos, incluindo a mãe da jovem.
Após a trágica morte da idosa, uma irmã de Cleusimar tentou intervir, pedindo para que ela abandonasse o uso de drogas. Djidja, ao lado da mãe e do irmão, Cleusimar e Ademar, respectivamente, foi alvo de preocupações por parte de seus familiares. Uma denúncia de cárcere privado foi registrada para tentar libertar Djidja da influência da seita.
No entanto, quando a polícia tentou intervir, Djidja se recusou a cooperar. Os familiares criaram um grupo de apoio, chamado ‘Salvamento da Djidja’, com o intuito de mostrar às autoridades a situação em que ela se encontrava. A prima da jovem lamentou a recusa de Djidja em receber ajuda.
O delegado responsável pelo caso revelou que a família de Djidja estava profundamente envolvida com a seita, planejando até mesmo abrir um comércio para facilitar a aquisição de cetamina. Segundo ele, a empresária, que possuía um salão de beleza em Manaus, destinava grande parte de sua renda à compra do anestésico.
A investigação apontou que o grupo familiar tinha interesse em estabelecer uma clínica veterinária para obter mais facilmente a substância utilizada nos rituais da seita. O ex-namorado de Djidja foi preso na última sexta-feira, após prestar depoimento às autoridades.
Fonte: @ Hugo Gloss
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