A PGR acusou os irmãos Brazão de serem mandantes da morte de Marielle, envolvendo fraudes, controle de bairros e práticas criminosas.
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O ex-policial militar Ronnie Lessa revelou em sua colaboração com a Polícia Federal que a grilagem de terras na zona oeste do Rio de Janeiro acontece através de esquemas fraudulentos no cartório mais lucrativo do Brasil. A grilagem de terras é uma prática ilegal que tem causado sérias consequências na região, como a trágica morte da vereadora Marielle Franco (PSOL).
A fraude de terras e o registro irregular de propriedade são problemas graves que precisam ser combatidos com urgência. A invasão de terras e a manipulação de documentos de propriedade são questões que afetam diretamente a segurança e a ordem pública. É fundamental que medidas eficazes sejam tomadas para coibir essas práticas ilegais e garantir a proteção dos direitos de propriedade dos cidadãos.
Investigação revela práticas criminosas de grilagem de terras
Um delator trouxe à tona um esquema de grilagem de terras envolvendo o 9º RGI, responsável pelo registro de propriedade em diversos bairros do Rio de Janeiro. Segundo dados do CNJ, o faturamento do cartório atingiu R$ 75,9 milhões no segundo semestre passado, o maior do país. A Associação de Registradores de Imóveis do Rio de Janeiro (Airj) e o 9º RGI negaram qualquer ligação com as fraudes dentro de cartório mencionadas durante a delação.
A PGR acusou os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão de estarem envolvidos em práticas de grilagem de terras, como forma de proteger os interesses da família. A morte de Marielle Franco teria sido motivada por seu posicionamento contrário a essas atividades ilegais. Os Brazão negam as acusações.
De acordo com a Polícia Federal, a disputa entre os Brazão e membros do PSOL remonta a 2008, quando o nome de um conselheiro foi citado na CPI das Milícias. Em depoimento, um ex-PM descreveu a atuação de três pessoas, incluindo um despachante conhecido como Geleia, dentro do 9º RGI para regularizar documentos de terras invadidas por milicianos.
O ex-PM detalhou o processo de grilagem de terras na zona oeste da cidade, envolvendo limpeza de terrenos, instalação de cercas e obtenção de registros retroativos. Ele mencionou planos de invasão de áreas próximas à favela Gardênia Azul, com a suposta autorização dos irmãos Brazão. A investigação aponta que a morte de Marielle teria sido uma forma de garantir a gestão de um loteamento irregular na região.
Essas revelações lançam luz sobre práticas criminosas que envolvem fraude e invasão de terras, destacando a importância de combater a grilagem e garantir a integridade do sistema de registro de propriedades.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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