Especialistas alertam: cenário de desastres climáticos pode agravar violência e causar prejuízos incalculáveis com deslocamento de milhares.
RIO DE JANEIRO, RJ (AGÊNCIA BRASIL) – A situação de emergência provocada pelas chuvas no Nordeste do Brasil gerou um contexto que pode resultar em um aumento da violência, além dos roubos a residências desocupadas, do roubo de mantimentos doados aos afetados e dos incidentes de violência nos abrigos. De acordo com analistas de segurança, há o perigo de que a violência se intensifique no decorrer do tempo, caso medidas preventivas não sejam adotadas.
Diante desse cenário, é crucial que as autoridades ajam rapidamente para evitar um aumento nos índices de conflito e criminalidade. A colaboração da população também é fundamental para garantir a segurança de todos e evitar possíveis confrontos. A prevenção da violência é um desafio constante que requer esforços contínuos e ações coordenadas em diversas frentes.
Violência em meio aos desastres climáticos
A secretaria de Segurança Pública do estado está atenta ao risco de violência que pode surgir em meio aos desastres climáticos. Estudando exemplos do impacto desses eventos na segurança pública global, busca antecipar problemas e intensificar o policiamento. O alerta se baseia em experiências passadas, como o furacão Katrina nos EUA em 2005.
A criminalidade pode crescer devido ao deslocamento de milhares de pessoas, resultando em prejuízos econômicos incalculáveis, aumento do desemprego e interrupção do acesso à educação. No Rio Grande do Sul, as facções criminosas também foram afetadas pelas chuvas, o que pode levá-las a buscar compensações financeiras através de novos crimes, gerando confrontos territoriais.
Facções como Os Manos sofreram perdas em seus depósitos de drogas e mobilidade, levando-as a buscar alternativas criminais para recuperar o prejuízo. O aumento do patrulhamento policial em barcos após relatos de furtos contribuiu para a redução dos casos. Apesar da tendência de queda nos índices de violência, houve um aumento nos homicídios dolosos em 2022, relacionado à disputa entre facções.
A disputa territorial entre Os Manos e Bala na Cara, além de outros grupos menores, foi intensa em 2022, mas diminuiu no ano seguinte. O deslocamento de milhares de pessoas devido às chuvas pode reacender esse conflito, levando a um aumento da violência. A possibilidade de reestruturação das facções e novas disputas territoriais preocupa especialistas, que alertam para o potencial aumento das taxas de homicídio.
A construção de ‘cidades temporárias’ para desabrigados gera preocupações, pois pode criar novos cenários de confronto e criminalidade. A atenção às questões de segurança pública em meio aos desastres climáticos é essencial para evitar o agravamento da violência e proteger a população vulnerável.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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