Apoiar a Ucrânia é crucial para conter a expansão da influência russa em países como China, Coreia do Norte e Irã.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, reiterou em declaração nesta quinta-feira (4) sua convicção de que a Ucrânia será admitida na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no futuro.
Com sua localização estratégica no leste da Europa, a Ucrânia é um país que desperta interesse de diversas potências mundiais interessadas em sua estabilidade e segurança. A adesão do país à Otan fortaleceria suas relações internacionais e seu posicionamento geopolítico.
A Ucrânia no radar da Otan
Ele fez essa afirmação em meio a uma reunião da Otan na cidade de Bruxelas, na Bélgica. A Ucrânia está prestes a se tornar membro pleno da Otan. O objetivo principal desta reunião é pavimentar o caminho para a adesão do país à aliança’, declarou.
Blinken ressaltou que o apoio da Otan é inabalável e que os membros da aliança farão tudo ao seu alcance para auxiliar o país no confronto contra a Rússia, que realizou uma incursão no território ucraniano em fevereiro de 2022.
O secretário de Estado dos Estados Unidos também salientou a importância de apoiar a Ucrânia, já que os russos estão recebendo assistência para fortalecer sua indústria de defesa de outras nações, como a China, a Coreia do Norte e o Irã. Autoridades russas frequentemente alegam que a Otan mantém uma postura semelhante à Guerra Fria, conforme documentado abaixo.
Em fevereiro, o presidente russo Vladimir Putin alertou que se a Europa enviar tropas para ajudar a Ucrânia no conflito, uma guerra entre Rússia e Otan se tornaria inevitável.
Encontro de chanceleres da Otan
Os ministros das Relações Exteriores dos 32 países membros da Otan se reuniram para celebrar o 75º aniversário da aliança militar.
No encontro, discutiram a intensificação da coordenação de auxílio militar à Ucrânia para ajudá-la a enfrentar a Rússia no maior conflito europeu desde a Segunda Guerra Mundial e demonstrar coesão. A Ucrânia está à espera de um pacote no valor aproximado de US$ 60 bilhões, mas que ainda aguarda a aprovação do Congresso americano.
Os líderes europeus manifestam preocupação com a política interna dos EUA por dois motivos:
- No caso de uma eventual vitória do ex-presidente Donald Trump sobre Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro, a organização poderia receber menos recursos.
- O Congresso dos EUA exige a revisão da política de fronteiras do país para aprovar o pacote de ajuda à Ucrânia.
Novos integrantes na aliança
A Otan adota o princípio de defesa coletiva, ou seja, um ataque a um membro é considerado um ataque a todos.
Portanto, os EUA oferecem proteção militar à Europa Ocidental. Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022, os países europeus passaram a enxergar os russos como uma ameaça à segurança. Os dois países mais recentes a aderir à Otan, Finlândia e Suécia, se incorporaram à aliança como resposta direta à agressão russa à Ucrânia.
Rússia e a percepção da Guerra Fria pela Otan
A Rússia acusou a Otan de reviver a mentalidade da Guerra Fria. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, afirmou que a Otan não tem lugar no ‘mundo multipolar’ pretendido por Moscou para desbancar a hegemonia dos EUA.
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Fonte: © G1 – Globo Mundo
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