TRE Amapá cassou mandato de Silvia Waiãpi (PL-AP) por uso indevido de verba pública em procedimento estético durante prestação de contas na Câmara.
O Tribunal Regional Eleitoral do Amapá decidiu, de forma unânime, pela cassação do mandato da deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP) por ter utilizado verba pública de campanha eleitoral para um procedimento estético durante as eleições de 2022.
A decisão do TRE-AP gerou repercussão nacional, levantando debates sobre a conduta ética de uma parlamentar ao utilizar recursos públicos para fins pessoais. A atuação da deputada Silvia Waiãpi foi questionada e agora o cenário político no estado do Amapá passa por uma nova reviravolta.
Deputada bolsonarista Silvia Waiãpi é alvo de investigação por uso indevido de verba de campanha para procedimento estético durante a harmonização facial
A parlamentar, que ocupa uma cadeira na Câmara dos Deputados, teve sua prestação de contas rejeitada durante o depoimento no TRE-AP. Os desembargadores e juízes destacaram a existência de ‘provas robustas’ que embasaram a decisão de acatar a solicitação do Ministério Público Eleitoral, que pleiteava a cassação de seu mandato.
Durante a sessão, foi revelado que a deputada utilizou recursos públicos destinados à campanha eleitoral para realizar a harmonização facial em 2022, conforme confirmado pelo cirurgião responsável pelo procedimento. O profissional declarou ter recebido o pagamento da parlamentar, corroborando as alegações apresentadas.
Além disso, o Ministério Público Eleitoral apresentou recibos que totalizam o valor de R$ 9 mil, reforçando a irregularidade no uso dos recursos. Silvia Waiãpi, também conhecida como Silvia Nobre Lopes, é natural de Macapá e possui 48 anos de idade. Nas redes sociais, ela se autodeclara mãe, avó, indígena, militar e republicana conservadora.
Com formação em fisioterapia, a deputada já ocupou o cargo de Secretária Especial de Saúde Indígena (Sesai) durante a gestão de Jair Bolsonaro. Em meio às polêmicas, seu nome foi envolvido em um inquérito que investiga os eventos que culminaram na invasão do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal em 8 de janeiro de 2023. Esses desdobramentos colocam em xeque a conduta da parlamentar e levantam questionamentos sobre sua atuação na esfera pública.
Fonte: © Conjur
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