Luis Rubiales terá que ser julgado pelo crime contra a liberdade – beijo forçado – que deu na jogadora Jenni Hermoso, causando onda de indignação.
O julgamento do ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) Luis Rubiales, acusado do beijo forçado na jogadora Jenni Hermoso, foi confirmado por um tribunal nesta segunda-feira (22), após a rejeição do recurso apresentado pelo ex-dirigente do futebol espanhol. A sociedade espera ansiosamente por justiça nesse caso que despertou grande repercussão e debate sobre assédio no esporte, demonstrando a importância de um julgamento justo e rigoroso para casos de violência contra as mulheres.
O andamento do processo rumo à audiência e ao aguardado veredito final promete ser acompanhado de perto por todos os envolvidos, reforçando a necessidade de se combater atos de desrespeito e violência no âmbito esportivo. Que a justiça prevaleça e que esse julgamento sirva como exemplo para combater qualquer forma de assédio, garantindo um ambiente seguro e respeitoso para todos os participantes do mundo esportivo.
Julgamento na Audiência Nacional em Caso de Beijo Forçado
A Audiência Nacional, responsável por conduzir o processo judicial envolvendo o caso do beijo forçado protagonizado por Rubiales, avançou significativamente nas investigações. A instituição analisou os elementos apresentados nos autos e constatou que existem indícios que se enquadram nos crimes de coerção e de crime contra a liberdade sexual. Essa avaliação veio à tona por meio de um comunicado emitido pela jurisdição de Madri, evidenciando a gravidade dos acontecimentos.
O aguardado julgamento de Rubiales, aguardado desde que ele recorreu da decisão, ainda está sem data marcada, criando uma expectativa palpável sobre o desfecho do caso. A ansiedade paira sobre as partes envolvidas, aguardando o desenrolar do processo e a posterior emissão do veredito por parte da corte.
No fatídico dia 20 de agosto, o gesto polêmico de Rubiales, ao beijar a jogadora Jenni Hermoso à vista de todo o mundo, desencadeou uma onda de indignação e debates sobre limites e respeito. A cena transmitida pelas câmeras durante a final da Copa do Mundo feminina em Sydney chocou espectadores e foi recebida com repúdio em diversos setores da sociedade.
A Promotoria, atuante no caso desde março, pleiteou uma pena de 2,5 anos de prisão para Rubiales, atribuindo-lhe os crimes de agressão sexual e coerção. A acusação se baseia não apenas no beijo em si, mas também na pressão exercida sobre a atleta para justificar o ato, configurando uma afronta à sua liberdade e integridade.
Além da pena de prisão, a Promotoria solicitou medidas adicionais, como a imposição de dois anos de liberdade supervisionada após o cumprimento da sentença, a proibição de aproximação de Hermoso por quatro anos e o pagamento de uma indenização significativa, estipulada em 50.000 euros.
A reforma recente do Código Penal espanhol tornou mais rígida a legislação relacionada a crimes de violência sexual, classificando um beijo não consensual como agressão. Esse enquadramento contribui para a proteção das vítimas e para a responsabilização dos agressores, fomentando uma sociedade mais consciente e justa.
Além de Rubiales, outros envolvidos no episódio, como o ex-técnico Jorge Vilda e ex-dirigentes da Federação, também enfrentarão a justiça, respondendo pela acusação de coação contra Hermoso. O desenrolar do julgamento promete esclarecer os aspectos nebulosos do caso e estabelecer um veredito que reflita a gravidade dos acontecimentos.
Fonte: @ Gazeta Esportiva
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